O Dom Maior

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2018-05-15

BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

ABSTRACT

Guimarães, Flávio da Cunha. BAPTISM WITH THE HOLY SPIRIT. 2018. Thematic Study of the Bible, the Word of God, the three types of biblical baptisms: 1 - Baptism in the waters. 2 - Baptism with the Holy Spirit. E 3 - Baptism with Fire - Baptist Congregation - Pereira Barreto, Brazil.


Neste post falaremos sobre os três tipos de batismos bíblicos. 1 - O Batismo nas águas. 2 - O Batismo com o Espírito Santo. E 3 - O Batismo com fogo.

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INTRODUÇÃO: Alguns grupos insistem em afirmar que o batismo com o Espírito Santo se dá como segunda bênção, e, a prova evidente de tal batismo, é o “falar em línguas estranhas”. Fazer tal afirmação, é um tanto duvidoso e é contrariar o que a Bíblia diz a respeito do tema, nos próprios textos que os grupos usam para basear tal argumento. Além de contrariar outros textos tais como: Ef. 1:13-14; 4:30; II Cor. 1:22; João 4:34 e At. 9:2. Contraria, também, a história religiosa, do Cristianismo e da bíblica. Quantos homens do Antigo como do Novo Testamento, eram cheios do Espírito Santo e não falaram em línguas estranhas? Entre tantos: Enoque; Abraão; Moisés; Elias; Eliseu; Isaías; João, o Batista; Paulo e o próprio Jesus Cristo. O Novo Testamento não fala de língua estranha. Ele fala de idioma e dialeto de outras nações.

O batismo em/com o Espírito Santo se dá no momento que se crê, se recebe a Cristo como salvador e é perdoado, conforme os textos citados acima. O enchimento e a plenitude do Espírito Santo, sim, se dão com a santificação e com o processo da vida cristã. O salvo recebe o Espírito Santo na conversão, mas ainda não está cheio do mesmo. Enchimento acontecerá no decorrer da convivência e à proporção que vai se santificando e dando lugar para o Espírito em nossa vida.

1 – O QUE PROVA QUE O SALVO FOI BATIZADO COM E TEM O ESPÍRITO SANTO?

Não são os Dons do Espírito Santo a principal prova que temos, mas o fruto do Espírito produzido pelo o Próprio Espírito na vida do crente que começa convencendo do pecado, da justiça e do juízo, João 16:8, até as qualidades produzidas no caráter e na personalidade do salvo, Gal. 5:22, que é o fruto do Espírito. O batismo com o Espírito Santo, é um privilégio dos salvos que creem, que recebem a Jesus Cristo como Salvador, como Senhor de suas vidas, tornando-os filhos de Deus, João 1:12, herdeiros de Deus e coerdeiros com Jesus Cristo de Deus, Rom. 8:17 e Tia. 2:5.

1.1 – BATISMO EM/COM FOGO, Mat. 3:11-12:

A Bíblia neste texto, de Mateus, sem dúvida fala de três batismos. Batismo nas águas por João, o Batista. Batismo com o Espírito Santo e com fogo, que Jesus Cristo haveria de ministrarem depois. O batismo com o Espírito Santo, se deu e se cumpriu em Pentecostes, At. 2:1-13. E com fogo se daria quando? Se deus também no pentecostes? Antes de sabermos quando se daria o batismo com fogo, é preciso saber o que significa esse batismo em/ou com fogo. Queremos expor algumas interpretações a respeito: 1 – Tem aqueles que defendem a ideia de que o batismo com fogo se dará no juízo e ao ingressar no inferno de fogo. Autores reconhecidamente desde os pais da igreja até os modernos defenderam essa ideia, os quais são: Orígenes, Neander, Meyer e Lang. Esses são os principais dentre outros. 2 – Outra interpretação é que o texto fala do fogo que destruirá o planeta no último dia. O que descartamos tal interpretação. 3 – Há os que veem esse fogo com a passagem das almas pelo o purgatório, que é a interpretação dos católicos. O que não encontra base textual para tal afirmação. 4 – Diz Champlin, (1980), p. 287, que: “A interpretação mais aceita é de que o fogo do vs. 11 indica o caráter do batismo do Espírito Santo”. Mas o texto fala de três tipos de batismos diferentes: Nas águas, com o Espírito Santo e em/ou com fogo. Esta é a interpretação dos pentecostais carismáticos.

A – O BATISMO EM/COM FOGO SERIA O BATISMO EM SOFRIMENTO?

Uma provação muito severa e grande quando mergulhado em sofrimento, Mar. 10:38, que neste caso seria coparticipante do sofrimento de Cristo ou sofrer por causa DELE.

B – O BATISMO EM/COM FOGO SERIA O FOGO SERIA O DA PURIFICAÇÃO?

Diz Champlin (referência acima), que o fogo tem algumas propriedades que é o limpar, purgar e purificar o que é bom. A outra é a capacidade de destruir o mal, Mat. 3:12.

C – BATISMO EM/COM FOGO É RELATIVO AO PURGATÓRIO?

Purgatório é o lugar em que os católicos creem que a pessoa vai após a morte, para passar por sofrimento, expurga os pecados e para depois ir para o céu. Doutrina essa estranha ao que ensina o Novo Testamento, pois o mesmo não fala de um estado intermediário do espírito. O Novo Testamento é clara quando diz que ao morrer entrará no gozo ou no sofrimento eterno imediatamente, Luc. 16:19-31; 23:43; João 14:3 e I Tes. 4:17.

D – BATISMO EM/COM FOGO SERIA O BATISMO NO DIA DO JUÍZO FINAL?

Esta interpretação mais indicada, o ser lançado no Inferno e no Lago de Fogo. Entre tantos significados, desde da religião persa, o deus Mazda do Zoroastrismo, passando pela religião grega com seus deuses, pelo Antigo e Novo Testamento, o fogo tem várias funções e simbolismo, mas a predominante é sobre o juízo final dos deuses bem como de Jeová que pesar o sentido e a crença. “No juízo final, o fogo será o meio empregado para o teste final”, (BROWN, 1982, VOL. II, P. 251). Os Estóicos, corrente filosófica criada por Zenão que visava tornar o homem insensível aos males físicos, morais e a prática da resignação na dor. O ser indiferente a tristeza e a felicidade, criam que o fim do mundo será em fogo. O fogo é a marca do julgamento divino: Gen. 19:24; Ex. 9:24; Lev. 10:2; Num. 11:1; 16:35; II Reis 1:10 e Amós 1:4,7. A Comunidade de Cunrâ cria que os ímpios seriam julgados pelo fogo.

No Novo Testamento o fogo figura como julgamento divino também, entre tantos significados como vemos em, Mat. 3:10; Luc. 7:19; João 15:6; I Cor. 3:13. O fogo aparece como oposto do reino de Deus em Mat. 13:42; 18:8-9; Mar. 9:43, 45, 47. Brawn, citado acima, diz que: “Deus pode empregar o fogo como meio de julgamento. Os filhos de Zebedeu queriam que Jesus lhes concedesse licença para invocarem fogo dos céus contra a aldeã samaritana inóspita, (Lc. 9:45)”. O Apóstolo Paulo, em I Cor. 3:13 refere ao julgamento escatológico e divino pelo fogo. A Bíblia aponta através de vário textos, como Mat. 13:42; 18:8-9 e 25:41 sendo oposto de Reino do Senhor. Como fogo do Inferno em Mar. 9:48; e Isaías 66:24. Como condenação eterna no inferno de fogo, Apoc. 14:10; 19:2; 20:10, 14 e 21:8; em Mat. 3:11. A língua original, o grego, usa a palavra πυρί – pyri que literalmente é fogo. São evidências muito claras.

As interpretações das letras A e D, acima, são as indicadas para entender o batismo em/com fogo, visto que João, o Batista, está falando no contexto de juízo que o Senhor Jesus trará sobre os infiéis. Orígenes, pai da igreja primitiva, bem como outros pais da igreja e tantos outros autores no decorrer dos séculos, até os modernos eram e são do pensamento que o batismo com fogo se refere ao juízo. Fogo na Bíblia simboliza em alguns textos, juízo, e de acordo com o texto em discussão, João está falando e se referindo ao juízo de Deus. Portanto, quem não recebe o batismo do Espírito Santo pelo fato de crer e aceitar o Senhor como salvador, Jesus Cristo o batizará no fogo do inferno, condenando-o no juízo final. Mas no juízo final, nenhuma condensação terá os que creem e aceitam Cristo como salvador. Aceite-o e goze das bem-aventuranças no Céu com o Senhor. Ligar o texto de Mat. 3:11-12 ao texto de Atos 2:3 e quer que o fogo aqui seja o mesmo fogo de lá, é forçar o texto e querer dizer o que os textos não dizem. Mas diante do contexto e das palavras usadas pelo o profeta João, o Batista, fica claro que está falando do juízo final e do fogo do inferno. A pá mencionada é figura de juízo. A separação da moinha dos grãos também. Limpar a mesma coisa. E por último o queimar que foi usado por Jesus para se referir ao espírito em sofrimento no fogo do inferno.

BATISMO NAS ÁGUAS

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Acessada em 15/05/2018

No Antigo Testamento, não havia batismo, o que havia era o banho de purificação para ambos os sexos, em situações as mais adversas. Para a mulher após a menstruação e depois de dar à luz ao filho ou filha. Ou quando era contaminada por um morto ou animal imundo. O homem ou a mulher era considerado imundo quando possuía a lepra, ou quando tinha contato com animais, pessoas mortas ou animais considerados imundos. É só dar uma lida no livro de Levítico.

O BATISMO CRISTÃO NAS ÁGUAS

O batismo tem simbolismo e significa diferente, pois o batismo não é para purificação dos pecados, mas para sepultar os mesmos, simbolicamente enterrar a vida do convertido que morreu para a vida pecaminosa e para o mundo com suas orgias, e após o batismo viver para o Senhor, Rom. 6:4 e Col. 2:12. Portanto, o batismo nas águas não tem o poder de salvar, mas deve ser ministrado para os salvos em Cristo Jesus.

A PERGUNTA QUE ALGUNS FAZEM É...

Por que batizar de novo se já somos batizados(as)? Se batizarmos de novo estamos negando o nosso batismo de criança! É daí que vem a resistência ao batismo verdadeiro e bíblico, o batismo por imersão. Mas quem disse, que o batismo que recebemos quando crianças, é o batismo verdadeiro e bíblico? Aí você poderá responder dizendo: O meu líder religioso! O meu mentor espiritual! A minha igreja a qual eu faço parte! A minha religião! E quem garante que eles estão certos? Quem garante que o batismo quando criança é o verdadeiro e que o seu líder religioso está certo? Você confia mais em quem: Em seu líder de sua igreja ou na Palavra de Deus, a Bíblia?

Deixemos as questões religiosas e suposições de lado e vamos consultar a Bíblia. O que a Bíblia fala sobre o batismo? Em Mat. 3:13-17 diz: “Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. João, o Batista, estava batizando no Rio Jordão? O Rio Jordão tem a quantia de água mais ou menos a do Rio Paraná ou Paraíba. Então é de se perguntar: Por que João, o Batista, foi batizar em um rio que tinha tanta água e entravam na água, se podia batizar com água em uma bacia molhando só a cabeça? Não faz sentido entrarem ambos em tanta água para só molhar a cabeça! Como não faz sentido também a Bíblia dizer que ambos saíram da água. Diz João 3:23 que batizava em Enom porque havia muita água. Para que escolher um lugar de muita água para só jogar água na cabeça? Diz o texto de Mat. 3:16, que Jesus Cristo sendo batizado saiu da água. Ninguém sai da água se nela não entrar primeiro! Por que? Para que Jesus entraria em muita água se fosse só para molhar a cabeça? Isso Ele poderia fazer onde estivesse pouca água! Respeitamos os grupos que ministram o batismo por aspersão, mas temo interpretação diferente. E é que Jesus Cristo foi mergulhado por João, o Batista, nas águas. Se o lavar no banho, para a purificação, precisava de muita água e este é o fundo histórico para o batismo, por que o batismo seria borrifando água na cabeça? O batismo cristão e bíblico é o imergir, ou seja, o mergulhar.

A palavra batismo, que no grego é βάπτισει – baptisei, que vem da palavra βαπτίζω - baptizo, que quer dizer mergulhar e imergir. Todos os que aceitam o mergulhar no batismo bíblico, é porque já começou a mergulhar nos ensinamentos do Senhor Jesus através da conversão verdadeira e continuará mergulhando em todos os mistérios de seu ensinamento. A palavra batismo nos melhores dicionários da língua portuguesa e na língua grega, significa mergulhar e imergir. Como é um tanto difícil mergulhar uma criança, logo o batismo deve ser ministrado para aqueles que já tem uma certa idade. Então, o batismo é para quem crê, Mar. 16:16. A Criança muito criança, não pode crer e entender o processo da salvação. Criança não tem consciência de pecado, de arrependimento, de crer e não pode ser mergulhada. Portanto, quem foi batizado quando criança contraria os ensinamentos bíblicos. Logo, não foi batizada. E se não foi batizada, deve ser batizada conforme o ensinamento da Palavra de Deus. Se o batismo quando criança contraria os ensinamentos de Deus, precisa receber o batismo verdadeiro, o bíblico.

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Bibliografia

1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - BROWN, Colin. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Trad. de Gordon Chown. 1ª Ed. Vol. II, São Paulo, ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1982, 560p.

3 - CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol. I. Editora Milenium Distribuidora Cultural LTDA, 1ª Ed., São Paulo, 1980, 806 P.

4 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

5 - MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 p.

6 - RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Chave Linguística do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1985, Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 639 p.

7 - SCHOLZ, Vilson e Roberto G. Bratcher. Novo Testamento Interlinear Grego – Português. 1ª Edição. Barueri, SBB, 2008, 979 p.

8 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.

2018-02-23

ESTUDOS EM GÊNESIS UM VERSÍCULO POR VERSÍCULO


ESTUDOS EM GÊNESIS UM VERSÍCULO POR VERSÍCULO
Pastor Flávio da Cunha Guimarães

INTRODUÇÃO:

O nosso propósito, neste estudo, não é discutirmos teorias tais como “Big Bang”, duas palavras, no inglês, que Big é Grande e Bang explosão/estrondo. Portanto, Big Bang quer dizer um Grande Estrondo ou uma grande esplosão, teoria esta criada em 1927 pelo padre e cosmólogo belga Georges Lemaître, disponível em: (http://agrandeexplosao.blogspot.com.br/, acessado em 30/09/2014), a teoria que ainda continua sendo teoria, pois a ciência ainda não pode dar a esta teoria o status de lei, como foi dado há tantas outras leis que não é preciso citá-las aqui, pois, você leitor, tem conhecimento delas. E nem queremos discutir o “evolucionismo” como defende Charles Darwin e que tem os seus discípulos dentro das escolas de ensinos fundamentais, média e principalmente dentro das faculdades e universidades, em grande quantidade e intensidade, visto que as ciências, principalmente a Biologia, a arqueologia e a astronomia nada tem provado a favor do evolucionismo Darwiano, do Big Beng e a teoria da nebulosa. O que se dizem tanto quanto as teorias do criacionismo, Evolucionismo, Nebulosa e Big Beng, não passam de especulação e ainda não há consenso entre os autores e cientistas, pois discordam em pontos cruciais e quanto mais a ciência, através da arqueologia, tenta desmascarar a Bíblia, mais as descobertas se tem comprovado-a em seus relatos, ainda que não provam a teoria do criacionismo defendido pelos defensores do relato bíblico, como vemos as descobertas a seguir:

O professor Shlomo Bunimovitz e o doutor Zvi Lederman, da Universidade de Tel Aviv, coordenam uma equipe que está escavando o “tel” de Beit Shemesh, nas colinas da Judeia, próximo a Jerusalém. Eles encontraram um pequeno “selo” de pedra circular, com menos de uma polegada de diâmetro, que retrata um homem com cabelo comprido lutando contra uma figura felina. O artefato foi encontrado perto do rio Sorekm, que servia como a antiga fronteira entre Israel e os territórios filisteus. A datação aponta para o século 11 a.C., o que coincide com a data bíblica onde governavam os “juízes”, um dos quais era Sansão, de acordo com a Bíblia, Fonte de: (http://www.ufrgs.br/nuparq/news/descobertas-novas-evidencias-arqueologicas-sobre-sansao, (2014), extraído em 30/09/2014).

Como a inscrição que confirma o reino do rei Davi entre tantas outras. É só acessar o link que segue: (http://noticias.gospelmais.com.br/10-maiores-descobertas-arqueologia-biblica-2012-48227.html). Entretanto, O nosso objetivo é deixar que a Bíblia fale por si mesma. Por isso que estudaremos versículo por versículo, e, em alguns casos, palavra por palavra. Descobertas essas que comprovam a veracidade dos relatos bíblicos, mas não a teoria do criacionismo, visto que a mesma não dá detalhes científicos da criação. Aceitar a teoria do criacionismo bíblico, como verdade, é ainda questão de fé como o é a qualquer outra teoria. E é contra essa fé que a ciência luta ferozmente. Senão vejamos o que afirma o astrofísico, Marcelo Gleiser contra o criacionismo que redunda em fé: Diz ele “que a divulgação científica é a melhor arma para combater as trevas do criacionismo”, Entrevista a Época em 03/01/2005, Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT884203-1664-6,00.html, Acessado em: 29/01/2018.

Falando de teorias, temos que admitir que a interpretação, de Gênesis 1, não é fácil, visto que a Bíblia não dá detalhes científicos da criação e esta não era a preocupação do autor de Gênesis, daí que há Várias correntes interpretativas que faremos uma abordagem rápida dessas teorias mais usuais para se interpretar, que são:

“Interpretações não-literais”

Estudiosos consideram que Gênesis, capítulo 1, não passa de um mito. Outros o consideram como uma poesia. Alguns o considera como simbologia. Mas os teólogos sérios, fundamentalistas e tradicionais o considera como a base para a teologia bíblica.

“Interpretações Literais”

Mesmo entre os que aceitam o relato da criação como literal, também diferem em suas abordagens sobre a cosmogonia bíblica de Gênesis Capítulo 1. Cosmogonia é uma palavra grega composta de cosmos = universo, gonia = nascimento, portanto, significa: O nascimento, o início e a criação do universo.

“Teoria de um intervalo ativo”

É reconhecida também como a teoria de reinarestauração. Gênesis 1:1 descreve a criação original pelo o Senhor, perfeita, em um tempo desconhecido em que pode ser milhões ou bilhões de anos. Satanás como o regente deste mundo, rebelou-se contra Deus, Isaías 14:12-17, o pecado entrou no universo, Deus o condenou e reduziu o mundo ao estado de arruinado e caótico, como descreve Gênesis 1:2. Os que defendem esta interpretação, traduzem Gênesis 1:2 como a terra tornou-se sem forma e vazia. Teorias estas extraídas de: http://setimodia.wordpress.com/2010/03/09/no-principio-como-interpretar-genesis1, em 14/11/2013. O que Mesquita, (1979), p. 43, admite que houve um intervalo entre o V.1 e o V.2, e afirmamos que não foi por ação de Satanás. Os que pensam desta maneira dão moral de mais para o Diabo.

“Teoria de uma criação prévia”

Os defensores desta teoria usam os termos hebraicos, הֹּהרּ - Tohu, (HARRIS, 2008, P. 1628), “sem forma” e בֹּחוּ - bõhû, (Idem, 2008, P.152), “vazia”, que a terra era sem forma e sem conteúdo. Que a matéria estava sem forma e impura. Que o texto se refere a um estado anterior da Criação que a Bíblia menciona. Teoria esta extraído de: http://setimodia.wordpress.com/2010/03/09/no-principio-como-interpretar-genesis1/, em 14/11/2013.

“Teoria de um estado inicial sem forma e vazio”

Deus criou a matéria sem forma e vazia, do nada e é o que o verbo hebraico (ברא barah) significa. Esta é, pois, a opinião tradicional, tendo o aval da maioria dos intérpretes judeus e cristãos através dos séculos, para depois agir dando forma ao que criara. Para alguns, a interpretação dos V.1-2 fazem parte do primeiro dia de uma semana de sete dias. Seria a interpretação sem intervalo. Mas há os que veem os V.1-2 como uma unidade cronológica em que separa o tempo do primeiro dia da criação descrito no V. 3, que nesse caso defendem o intervalo entre criar a matéria e dar forma a partir do primeiro dia.

As interpretações mais sérias e convincentes, relativas ao criacionismo, apontam para a interpretação literal e os cristãos em geral aceitam Deus como autor. A descrição de Gênesis, capítulos de 1 a 11, confirma a intenção do escritor em narrar de maneira literal. O livro de Gênesis é planejado pelo termo descendentes e gerações que no hebraico é תּוּׅלֵדוּׅח – Tôlēdôt, (Idem, 2008, P.618), para relacionar cada seção que aparece (13 vezes). Este termo é usado para conexão com as genealogias que tem a ver com relatos exatos de tempo e história. O termo (tôlēdôt) usado em Gên. 2:4, mostra que o autor de Gênesis pretendia que a narrativa da Criação fosse literal como o resto das narrativas do livro. Todos os escritores do Novo Testamento se referem a Gênesis, capítulos de 1-11, como sendo uma história real. Bem como o hebraico usa termos para falar de coisas concretas.

A interpretação, de Gênesis 1, não é fácil, por isso que há várias correntes e teorias interpretativas como vimos acima...

NO PRINCÍPIO I

Gênesis 1:1 a primeira palavra é “No princípio”. Princípio aqui significa começo do tempo e tem que ser entendido, de maneira diferente de princípio de João 1:1, que ali significa eternidade e aqui tempo significa tempo mesmo. Houve um tempo que o tempo não existia e o universo também não. Não existiam, mas mediante o ato do Senhor Deus, esse Deus que a Bíblia não tem preocupação de provar a sua existência e muito menos a sua não existência, pois Ela fala e trata apenas dos atos DELE, tempo e universo estes que passaram a existir a partir desse princípio. Logo, o universo não é eterno, ele tem um começo e terá um fim, quando será feito o novo Céu e a nova Terra. Temos que admitir que a interpretação, de Gênesis 1, não é fácil e não pretendemos dar respostas para todas as dificuldades existentes, tanto gramaticais, como sentido de palavras, bem como todas as correntes que defendem a criação do universo e interpretativas, apenas citamos algumas.

PRINCÍPIO II

Em Gênesis 1:1 o autor usa a palavra hebraica: בֶרֵשיח – Berêshît), para mostrar, por todo o livro, o propósito que ele Moisés tinha, de tratar de princípios e de coisas concretas, (SHEDD, 1978, P.7). A – Princípios das criações, do pecado, do caráter, da mordomia, dos governos humanos e de Deus, de semear e de colher, da soberania, da individualidade, da aliança, do pacto e da unidade. B – No princípio os estudiosos, até mesmos os cientistas ateus, admitem que não se pode estabelecer um início de quando se deu a criação do universo, o cosmos, apenas conjecturam datas aproximadas. Não há como determinar uma data inicial. Falam em milhões, até bilhões de anos, nada mais do que suposições. Admitem que pode ter passado milhões de anos entre os V. 1 e 2, o que é muito natural. C – Princípio no hebraico, רֵאשׇה – Bē’shât, (HARRIS, 2008, P.1387), significa tempo remoto, longínquo, primeiro, melhor e início. “Refere-se ao início de uma série de acontecimentos históricos”, (Idem, 2008, P. 1388). Em II Ped. 3:8 diz que: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”. Portanto, o tempo está na dimensão do homem e não de Deus, pois Ele está acima do tempo. O tempo foi criado por Ele e é atemporal.

No grego há três palavras que contribuem para entendermos melhor a questão do tempo, que são: A Primeira é (καιρός – Kairós). É uma palavra que significa tempo em sua “plenitude”, “proporção”, “adequação”, “uma situação que satisfaz”, “o momento oportuno”, "certo" ou “supremo”, (MOULTON, 2007, P.220). Que se refere também a um tempo indeterminado, em que algo especial aconteceu. A Segunda é (αἰών – Aion). Indica o tempo “era”, “duração ilimitada”, “eternidade” e “sem fim”, (Idem, 2007, P.60). E a Terceira é (ἀρχῇ - archê), que a Bíblia grega, chamada de Septuaginta, usa essa palavra para princípio em Gênesis 1:1, que significa, “no princípio das coisas”, “extremidade”, “princípio original”, com a ideia de o princípio tão longe que traz a ideia de velho, antiguidade, de eras anteriores e primitivas, bem como de um princípio primeiro, pois não havia outro, (Idem, 2007, P.13).

A ciência divaga, e muito, quanto ao tempo de existência do universo. No entanto, saber o tempo, não é tão importante tanto quanto saber quem criou, pois, o universo maravilhoso está aí para vermos, percebermos, sentirmos, descobri-lo e vivencia-lo. Quem criou o universo foi o Senhor Deus, até que a ciência prove o contrário, pois até aqui o que a ciência disse não passa de especulações, suposições e teoria sem provas. Gênesis 1:1 diz que foi Deus quem Criou o universo e até que se prove o contrário aceitamos o Senhor como criador.

CRIOU, Gênesis 1:1

A ciência não tem explicação para alguns questionamentos e quem afirma isso é o cientista Marcelo Gleiser: “É verdade que temos questões em aberto, ainda não sabemos exatamente como a vida surgiu na Terra nem como as pessoas se tornaram inteligentes, mas é um absurdo atribuir nossa ignorância ao sobrenatural. É anticiência. Para um cientista, atribuir o que não sabemos a Deus é jogar a toalha. É desistir de perguntar”. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT884203-1664-6,00.html. Acessado em: 31/01/2018. Esse cientista brasileiro, Marcelo Gleiser, é um ateu confesso, mas tem o nosso respeito, pois nenhum cientista até hoje, que é de nosso conhecimento, admitiu o que ele colocou em público. É um ateu sincero, honesto, de caráter e coerente com o que ele crê ou não crê.

CRIOU DO PONTO DE VISTA BÍBLICO

O autor de Gênesis poderia ter usado qualquer uma das palavras hebraicas, para se referir a atividade de Deus criando como as que seguem: yãtsar, qãnâ e ´äbad, mas ele usou bãrãh de propósito, porque o verbo Criar, no hebraico, בׇּרׇא – Bãrãh’, (HARRIS, 2008 P. 212), significa criar coisa nova, criar do nada, criar sem o auxílio de matéria preexistente e ela é usada para falar da atividade de Jeová em criar algo total e absolutamente novo, o que a palavra grego εποιησεν – epoissen e é a que a Versão Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento usa para se referir a criação da matéria, usada neste texto de Gênesis, que vem da palavra ποέω – poéo, que se refere à atividade de Deus em criar, o que mais tarde o autor da epístola aos hebreus 11:3 concordada em números e em gêneros. O sentido só se aplica as atividades de Deus, ao criar do nada. Deus criou o universo e tudo o que nele há do nada. O termo latim, (nihilo), significa criar a partir do nada. “Recentes estudos em Física Quântica estão apontando, sem dúvida, para aquilo que é declarado em Hebreus 11:3: a matéria é composta de Ex-nihilo! De "nada"! Parece absurdo, mas os estudos estão apontando em favor disso”, Gênesis 1, disponível em: (http://genesisum.blogspot.com.br/2010/06/questao-do-ex-nihilo.html), acessado em: 08/09/2014.

O sentido é expressar o poder de Deus ao criar. É o Fiat Divino, foça-se a luz ou haja luz, e houve luz como o Senhor ordenou. Portanto, “Deve existir um Criador. As reverberações do big bang e as subsequentes descobertas científicas apontam com clareza para uma criação ex-nihilo consistente com os versículos de abertura do livro de Gênesis”, Henry F. Schaeffer III. Por que A Ciência Não Consegue Enterrar Deus, disponível em: http://marcostauros.wordpress.com/2012/03/03/creatio-ex-nihilo/, acessado em 08/09/2014. Assim como o Senhor criou o Céu e a Terra do nada, Deus criará o Novo Céu e a Nova Terra do nada, Is. 65:17; Ap. 21:1-2. A criação mostra a majestade de Deus, Amós. 4:13; a ordem, Is. 45:18; a sabedoria de Deus, Sal. 8:12, (HARRIS, 2008, P.212-213). O relato da criação não é só bíblico, não está só entre o povo hebreu, mas na história da Babilônia que no Século 6º a C, ainda havia relato da criação do mundo tendo como autor Deus. O autor de Gênesis 1:1, poderia ter escrito o versículo em sequência diferente, assim por exemplo: Deus no princípio criou os céus e a terra. Mas entendemos que o escreveu como está: “No princípio criou Deus os céus e a terra”, para colocar a ênfase em Deus, como o sujeito, e o que estava criando era a primeira de todas as criações. Nada existia até então. Não existia Céus, terra, águas, luz, seres viventes, nuvens e etc, portanto estava criando do nada.

DEUS

Em Gênesis 1:1 de acordo com o hebraico אלהים - Elohim, é o singular de אֵל – `El que significa DEUS. Esta palavra é usada para se referir ao Verdadeiro Deus, (Idem, 2008, P. 68). O plural é incomum a outras referências. Neste texto se refere a majestade e sua plenitude de Jeová. A totalidade do Deus Triuno na manifestação da divindade, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, ao criar o universo e tudo o que nele há. É o Deus único que se manifesta em pluralidade de pessoas, Gên. 1:1,26. Tal sentido só ocorre na língua hebraica. Aparece 2.570 vezes nas Escrituras se referindo a divindade.

OS NOMES DE DEUS PARA OS PRIMÓRDIOS

1 – EL: O Deus supremo. Eloah, o Deus poderoso, forte e proeminente, Gên. 7:1; Is. 9:6, o primeiro nome de Deus pelo o qual foi conhecido desde o princípio pelo ser humano.

2 – ELOHIM é o plural de El ou Eloah. O Deus Criador, o Deus poderoso e forte, Gn. 1:1; 17:7; Jer. 31:33. O Deus Pessoal, (HARRIS, 2008, P. 68-69). O Deus revelado em três: Deus pai, Deus filho e Deus Espírito Santo.

3 – YHWH/YAHWEH: Que é Jeová ou Senhor, Deut. 6:4; Dan. 9:14, o nome que Próprio Deus se revelou a Moisés, "Eu Sou Quem Eu Sou", Êx. 3:14. Mais tarde, já para o povo escolhido, israelita, Ele se revela como o Deus Kadosh, O Santo de Israel e sagrado. Este nome nos faz lembrar duas coisas importantes: A primeira: A nossa responsabilidade de orar e amar Israel; e a segunda: Que somos o Israel espiritual e devemos ser santos como Ele é santo e saber distinguir entre o santo e o profano na nossa vida Jer. 15:19 e ainda nos faz lembrar da Aliança de Sangue Ele é o Santo de Israel e nós somos sua propriedade particular. E daí conhecemos os seus atributos que são: 1 – Atributos Naturais: Grandeza, Sabedoria, Infinidade, Imutabilidade, Onipresença, Onipotência, Onisciência, Unidade e Verdadeiro. E 2 Atributos Morais: Amoroso, Bondoso, Misericordioso, Gracioso, Fiel, Longânimo, Justo e Santo.

OS CÉUS

A palavra em hebraico que fala de céu é: השׁמים Shamãym, (HARRIS, 2008, p. 1580). A Bíblia fala de três categorias de Céus: O PRIMEIRO: O Céu Físico – o que a palavra hebraica acima significa e é tudo o que está acima da Terra. Céu e Terra constituem o universo, Gên. 1:1. O Céu dá a chuva, Gên. 8:2; A Neve, Is. 55:10; A Geada, Jó 38:29; O Fogo, 2 Reis. 1:10; O Orvalho, Deut. 33:13; Os Trovões, I Sam. 2:10; deu o Maná, Êxodo 16:31. Maná em hebraico é: Que é isso? Êx. 16:15. Era o pão que alimentava o povo peregrinando no semideserto em que não podia produzir o próprio alimento. O Céu sustenta o Sol, a Lua, os Planetas e as Estrelas, Gên. 1:14; 15:5. O SEGUNDO CÉU: Significa a morada de Deus, Deut. 26:15; I Rs. 8:30; Salmo 46:4; Efésios 6:9 e I Tes. 4:16. De onde Deus estende a sua mão para fazer sua vontade na terra. Ele tem o controle absoluto de tudo, Sal. 2:4. Deus é maior do que o Céu, do que o universo que Ele criou. Ele está acima de tudo, de todos e da criação, Sal. 24:1-2. O Céu manifesta a glória, Sal. 19:1-2. O Céu não deve ser adorado, nem os astros, Êxodo 20:4; 44:17-25. Ainda que o Céu seja o trono divino, ele desaparecerá, Is. 51:6. Será enrolado como um rolo, um livro. Será desfeito, Is. 34:4. Por isso que o SENHOR criará o novo céu e nova terra, Livres dos efeitos do pecado, Is. 65:17; 66:22 e Ap. 21:1-2.

Não discutiremos a questão em que, se o Céu é morada de Jeová, onde Ele morava antes de criar o Céu? Visto que não temos como propósito uma discussão teológica aqui. O TERCEIRO CÉU, II Cor. 12:2, a Bíblia fala que é literalmente é Céu dos Céus. O interessante observar que o Deus Grandioso, Magnifico que parece estar tão distante, diz Is. 57:15, que Ele habita no ser humano: "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos".

TERRA

A palavra Terra em hebraico é: אְֵדׇמׇה - ´Ãdãmã, (Idem, 2008, P.13) que significa “solo”, “chão” e “terra”, “solo vermelho e arável”, (p. 14). A terra é de, e pertence à Deus, Gên. 2:6; Sal. 24:1-2. Deus a criou, não para satisfazer o homem, ainda que o satisfaça, mas para a satisfação DELE. Como foi o Senhor que a fez, logo, ela é boa e Ele a dá a quem Ele quiser! E Deus fez o homem da terra, portanto o fez bom e perfeito, para lavrar a terra, Gên. 3:23. Mas o homem se tornou mal e imperfeito, por causa do pecado de desobediência e violar mandamento do Senhor. Portanto, terra e homem, homem e terra, têm uma ligação íntima e inseparável. Daí que vivemos na terra até a morte. E ao morrermos voltaremos para o ceio dela, Ecles. 12:7. Os salvos até o arrebatamento e a primeira ressurreição, Apoc. 20:5-6. Os não salvos até a segunda ressurreição, Apoc. 20:6; Dan. 12:2; Mat. 25:46; João 5:29 e Atos 24:15. E após o juízo, os salvos viverão no novo Céu e na nova Terra, Isaías 65:17; 66:22; II Pedro 3:13 e Apoc. 21:1, mas continuaremos vivendo na terra. No princípio o Senhor Deus criou a matéria informe, para moldá-la posterior e criar as demais coisas.

A TERRA SEM FORMA

Gênesis 1:2 dá a ideia de que Deus criou a matéria, para depois modelar e dar a forma gradativamente. Dar a forma como o homem dá forma a madeira que vira mesa, cadeira, do barro faz o vaso e etc. O hebraico יׇצַר yãtsar que é “modelar”, “formar” e “amoldar”, se refere a atividade criadora de Deus e o planejamento na SUA mente, (Idem, 2008, P.648). A ideia aqui é que só o Senhor Deus dá forma ao informa. A terra foi criada antes que se criasse as vidas nela. Vidas vegetais, botânicas e animais. A vida já existia, pois o Senhor Deus é a vida e é Ele quem dá e sustenta a vida a tudo. Portanto, sendo Deus o criador de tudo, logo, Ele é auto existente e infinito. Daí que se o universo criou-se a si mesmo, como querem defender os cientistas ateus e evolucionistas, o universo é também auto existente e eterno. A questão é: "Temos simplesmente de escolher a que Deus vamos adorar e qual ficará entronizado no universo; o Deus da Bíblia, o Ser eterno, livre, inteligente e bondoso, ou o deus materialista, cego, inconsciente e fatalista. O problema não é difícil, (é) [...] questão de escolha", (MESQUITA, 1979, P. 44) o é entre parênteses e grifo nosso.

VAZIA

A palavra hebraica para vazia é: בּׄהוּ que se lê bõhû, (Idem, 2008, P.152) que significa vazia, oca, caos e confusa. Aqui, não pelo o juízo de Deus, como vemos em Isaías 34:11. E este era o estado da terra inicial. Vazia porque o Senhor ainda não havia agido sobre ela dando forma, modelando e amoldando como a temos hoje. Ao modelar, a fez arredondada, em forma de globo e cheia de vida. A ideia é que havia uma mistura de água com barro e lama. Não havia ainda a separação entre água e terra seca. O que aconteceu mais adiante, V.6-10. Não havia vida e nem vegetação. Duas palavras que derivam da palavra bõhû tem o mesmo sentido de vazio.

HAVIA TREVAS SOBRE A FACE DO ABISMO

Trevas significa ausência total de luz, que entre algumas palavras em hebraico, em Gênesis 1:2 por exemplo, é usada a palavra הׇשַּׁךּ - hãshak, (HARRIS, 2008, P.107), que neste caso são trevas densas e que é o oposto da luz. Trevas existia porque havia ausência de luz. Deus não havia criado ainda os lumiares, o sol e as estrelas. Portanto, a luz dissipa as trevas, estas jamais desfaz a luz. Mas no texto em questão, as trevas assumem um papel misterioso visto que Deus é luz e se estava presente ou não, visto que não pretendemos uma discussão teológica aqui.

ABISMO

Abismo em hebraico, מַַהְַמּרׇה – mahãmõrâ que significa “inundação”, e “cova profunda”, (Idem, 2008, P.362). As palavras hebraicas correlacionadas dizem que era lugares profundos, (Idem, 2008, P.1632). O que se refere também as águas profundas. Abismo aqui não é abismo sem fundo, abismo muito profundo.

A AÇÃO VIVIFICADORA DO ESPÍRITO DE DEUS

A criação estava sem forma, vazia, em trevas e um abismo. Era matéria prima e precisava dar forma. É aí que entre a ação do Espírito de Deus, o Espírito Santo. Espírito de Deus, o רוּחַ Rûah, (Idem, 2008, P.1736) o vento, o sopro ou o hálito de Deus. O que procede de Jeová e que tem a mesma essência DELE, vida. O que podemos sentir, mas não vemos como o agir do Espírito Santo, em que são manifestações perceptíveis, como relata a sua Palavra em que Deus se manifestou algumas vezes como se fosse vento, (I Reis 19:11) que diz: “E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto”. Em (At. 2:2), se manifestou aos discípulos um ruído como se fosse de um vento forte. E em (Jo. 20:22) diz: “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”. As manifestações são diversas, mas a fonte originária é uma só, o Senhor Deus.

O ESPÍRITO DE DEUS CHOCAVA A CRIAÇÃO PARA DAR VIDA

O verbo hebraico רׇהַף - rãhap (Idem, 2008, P.1420), que é o piel, indica que a sua ação é praticada pelo sujeito do verbo, apontando que a voz é ativa e intensiva, dando ênfase a ação em curso, colocando ordem no caos, Adilson Cardoso, Disponível em: https://adilsoncardoso.com/index.php/verbos-yiqtol-piel/, Acessado em: 02/02/2018. A ação é para pôr em ordem e dar vida o que está em desordem e sem vida. Mas o particípio no hebraico, não só descreve a ação continua e ininterrupta, mas a ação vivificadora. A ideia que se tem aqui é da ave chocando, (transmitindo calor), aos ovos para dar vida. O Espírito de Deus dava, não só a forma a matéria, agindo continuamente, mas gerando a vida a toda espécie de vida no planeta até acabar a obra. Como o homem está morto em seus pecados, Efésios 2:5, logo, a obra ainda não terminou, portanto o Espírito Santo continua a sua tarefa de dar vida a esse homem morto. Ao Espírito de Deus é atribuída a função de dar vida, tanto física, natural e espiritual. Ele é o autor da vida, é o autor do novo nascimento e da nova criação em Cristo Jesus, João 3:3,5,7 e II Cor. 5:17. O nascer na vida originária não nos dá o direito de vivermos a eternidade com o Senhor, visto que a perdemos mediante a desobediência de nossos pais, Adão e Eva, o chamado pecado original. Só é salvo e entra no Reino dos Céus quem nascer do Espírito em Cristo Jesus, João 3:5.

ÁGUAS

A palavra em hebraico para águas só é encontrada no plural, מַים – mayim e descreve a ação do Senhor Deus criando as águas. A água foi a principal matéria prima do universo. Sem água não haveria vida. Setenta por cento de nosso corpo e do planeta são águas. As águas foram criadas tanto nos Céus, na terra e debaixo dala, (HARRIS, 2008, P.830). O salmista confirma isso, no Sal. 104:3. Criou as águas nas nuvens ou firmamento, V.6. Criou as águas na terra, V.7-9. Controla os seus limites, V.10 e indica que as águas brotarão da terra. O V.13 afirma que a chuva cai por ordem de Deus. Os V.14-18 falam que Deus faz a terra frutificar alegrando o coração do homem. De acordo com os relatos bíblicos, é Deus quem regula a quantidade de águas e a fornece para o benefício da criatura. Quem faz a chuva cair em seu tempo, Lev. 26:4; Deut.28:12. O fornecimento de águas, por Deus, está relacionada a conduta do ser humano para com Ele. Ela faltará para os que quebram a aliança com o Senhor e aos que não tem lei, Lev. 26: 19; Deut. 28:23; Amós 4:7 e I Reis 18:18. Deus dá a água como sinal de bênçãos, as nações e as cidades que obedecem a voz de SENHOR. O controle de Deus sobre as águas se vê no Dilúvio, Gên. 7. No livramento no Mar Vermelho, Êx. 15:1-18. Ao atravessar o Rio Jordão, Jos. 3:16; 4:18. E por Elias diante do rei Acabe e da seca, II Reis 2:8.

OS DIAS DA CRIAÇÃO ERAM DE QUANTAS HORAS?

A palavra hebraica יוֹמׇם – yomãm, (Idem, 2008, P.604), designa “dia”, “ano” e “tempo” que pode definir dia de 24h, ano completo, período de tempo ou uma era. Seja o que for, o tempo, “tempo” é criação do Senhor Deus. Há muita discussão entorno deste tempo! Há os que pensam que foram eras, outros, porém, dias de 24h. Isso é de menos importância. O importante é sabermos que o Senhor tem poder para criar tudo em período de eras milenares ou em um dia de 24h. A questão não é científica, mas de fé, pois o hebraico não é claro quanto o dia de 24h, que ali pode ser traduzido por períodos de eras milenares ou dias de 24h. O sentido é generalizado, como vemos em Gen. 2:4. Nós mesmos usamos a palavra dia em sentido generalizado. Exemplo: Um dia de trabalho é de quantas horas? Trabalhamos 8h, mas contamos como um dia de trabalho, quando na verdade o dia tem 24h. Os teólogos Batistas e da Assembleia de Deus, concordam que entre o que Deus criou no V.1, no princípio, os Céus e a Terra, para as atividades da criação dos V.2-5, houve um período longo de tempo, o que os cientistas dizem também. O Dia Primeiro que os V.2-5 fala, esse dia não foi de 24h, foi um período longo ou uma era. De fato, o texto no hebraico יִוֹמָם – Yômãm, significa Dia, Ano ou Período de Tempo, (Idem, 2008, P.604).

CRIAÇÃO DO PRIMEIRO DIA, Gênesis 1:3-5.

Depois que o Senhor criou a matéria prima, não se sabe quanto tempo levou para se dar a forma ao caos, pois que, a ciência e a Bíblia não falam com precisão esse tempo. No primeiro dia o Senhor deu forma a matéria prima que era sem forma. Criou a Luz, V.2-5. Em seguida criou o Sol. Portanto, a criação do primeiro dia foi dar forma, ao que havia criando informe, criar a Luz, o Sol e fazer a separação do que havia criado, V.4. Como criou? Pelo o poder da Palavra. A palavra tem poder. “E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro”. A luz que o V.3 fala, é um mistério. O Senhor produziu brilho, (luz) primeiro, para em seguida fazer o Sol. Para os cientistas é devido ao atrito da matéria em rotação ou em movimento, o que Mesquita, 1979, p. 56, não dispensa a teoria. Mas, afirma que o Senhor é luz, e, onde Deus está presente, não há trevas ou não precisa de luz; pois a sua glória é luz intensa, como vemos em João 1:9: “Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo”; bem como em Apoc. 21:23, que diz: “E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada”. Mistério como fora a nuvem sobre o povo de Israel no deserto, que ao dia era sombra para proteger o povo do calor escaldante e à noite era uma coluna de fogo para aquecer o povo do frio abaixo de zero, para iluminar a caminhada à noite e dar direção ao povo, Êxodo 13:21: “E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite”, bem como o Sal. 105:39 “Abriu a penha, e dela correram águas; correram pelos lugares secos, como um rio”. Em tudo isso vemos o agir sobrenatural do SENHOR! Vejamos essa luz como a manifestação da glória de Deus, o SENHOR se revelando progressivamente na criação, Sal. 77:18: “A voz do teu trovão estava no céu; os relâmpagos iluminaram o mundo; a terra se abalou e tremeu”. E Sal. 97:4: “Os seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeu”.

Tanto os cientista como os teólogos concordam que havia luz antes da existência do Sol. Luz esta que está ligada ao bem e a Deus, assim como as trevas estão ligadas ao mal, a Satanás que não é o caso aqui, mas no Novo Testamento. A luz está ligada à vida, a felicidade, (Idem, 2008, P.39). Implicações teológicas: Por causa do homem adorar o Sol desde o início da humanidade, a Bíblia enfatiza que Deus criou os luminares e proibiu a adoração a eles, Deut. 4:19, que diz: “Que não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus; e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus”. O SENHOR procura, no decorrer das Escrituras, mostrar que Ele é mais importante do que o Sol e que Ele, sim, é que deve ser adorado. Que onde Deus está o Sol é desnecessário, Isaías 60:19-20, “Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu resplendor a lua te iluminará; mas o SENHOR será a tua luz perpétua, e o teu Deus a tua glória. Nunca mais se porá o teu sol, nem a tua lua minguará; porque o SENHOR será a tua luz perpétua, e os dias do teu luto findarão”.

Gênesis 1:3-5 diz que Deus criou a luz e fez a separação de dia e noite. O Senhor ao invocar e ordenar: “Haja luz e houve luz”. Isso demonstra em Primeiro lugar: que o universo não é auto existente, que não pode existir por si só ou que apareceu por acaso. Em Segundo lugar: o verbo hebraico haja, criar ou fazer a luz, que o hebraico, בׇּרׇא – bãrã´, (Idem, 2008, P.212), é a mesma raiz de criar do nada do V.1. Não é criar do novo, mas criar sem matéria. A luz dissipa as trevas e põe ordem ao caos. Ação que desce do Céu para a terra. A luz caracteriza vida e bênção. A vontade do Senhor em criar é irresistível. Sendo Deus a luz, todos os luzeiros do universo procedem do Senhor.

CRIAÇÃO DO SEGUNDO DIA, Gên. 1:6-8

Falando em criação, o bioquímico italiano Pier Luigi Luisi, está entre os maiores estudiosos da origem da vida, “Ele não tem dúvidas de que a vida é um fenômeno puramente físico-químico, resultado de uma combinação afortunada de moléculas ocorrida 3,5 bilhões de anos atrás. Ainda assim, não acredita que seja possível provar a inexistência de Deus. [...] São questões que não podem ser solucionadas pela ciência”, Disponível em: http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=6750.0, Acessado em: 29/01/2018. Se no Primeiro dia, o Senhor colocou a matéria informe em ordem, o que criara no princípio e criou a Luz; já no Segundo dia o Senhor continuou colocando em ordem, dando formas e criou a expansão. Ele faz a separação das águas embaixo e as águas em cima. Só havia água, V.6. A bíblia não fala em que estado estava a água. Todavia, sabemos que poderia estar no estado sólida, gelo ou gasosa. Como o texto diz que havia águas sobre a expansão, podemos entender que as águas estavam no estado gasoso. As águas são ordenadas em chuvas, fontes, rios e mares. Com a separação das águas, surgiu a expansão que é chamado de Céus, tudo o que está acima de nós. O que Deus criou no Segundo dia, na verdade, foi somente a expansão. Expansão esta que no hebraico significa um espaço imenso.

CRIAÇÃO DO TERCEIRO DIA, Gên. 1:9-13.

O Senhor Deus continuou fazendo a separação do que havia criado de início, V. 9. As águas em nascentes, rios e mares. Daí surge a terra seca. Até o Terceiro dia Deus está pondo em ordem o que criou. Criou a luz no primeiro dia. Criou a expansão no segundo dia. Só no terceiro dia que Ele criou a vida vegetal.

A CRIAÇÃO DO QUARTO DIA, Gên. 1:14-19.

Recordando: No princípio criara, o Senhor Deus, a matéria prima informe, a luz e a expansão já no primeiro dia, V.1. No Primeiro dia, V.2-5 o Senhor colocou em ordem o que criara no princípio e no primeiro dia a luz, o Sol, a Lua e as Estrelas, (Mesquita, P. 62-65). No primeiro dia já havia a expansão, se não, como poderia criar os astros que ficam tão distantes. Consequentemente foram criados os planetas. No Segundo dia, V.6-8, Deus continua colocando em ordem o que criou no princípio e continua criando e dando forma, separando a expansão. No Terceiro dia, V.9-13, o Senhor continua colocando em ordem o que criara e criou a vida vegetal. No Quarto dia, V.14-19 o Senhor continuou o trabalho, agora fazer aparecer a luz que havia criado. Dissipar a nebulosa que impedia a luz do Sol chegar a Terra. Sol, Calor חַמָּה – Hammã, (HARRIS, 2008, P.484). Usa também a palavra שֶמֶשׁ - Shemesh, (Idem, 2008, P.1589), o Sol com a função de indicar as horas e a direção geográfica. Ao pôr do Sol, finda-se o dia e é o começo de um novo dia no calendário civil.

A astronomia da época não tinha a mesma concepção da astronomia de hoje, em que o dia nosso começa a meio noite e termina a meia noite seguinte. Acreditavam em tempos passados, remotos que o Sol tinha poder, que podia fazer um homem desmaiar, Jon. 4:8. A insolação pode causar desmaio e até matar, II Reis 4:19-20. O Sol na hora e na quantia certa, é bênção como era visto na maioria dos textos que se referem a ele, (Idem, 2008, P.1590). Nos dias modernos ele é visto como bênção para calcificar os ossos. O Sol faz produzir em abundância, Deut. 33:14. O Sol era adorado pelas civilizações primitivas. No Egito era chamado de “Rá”, como sendo o deus supremo. A nona praga no Egito, Ex. 10:21-29, das trevas, é a demonstração do poder de Deus Todo-Poderoso sobre o deus “Rá” do Egito em que o adoravam. Na Mesopotâmia o Sol era adorado como o deus da justiça. É por isso que em Mal. 4:2, Deus revela o nascimento de Jesus Cristo como o Sol da justiça. O criador do Sol que é o Sol da justiça. Para os israelitas a adoração ao Sol era terminantemente proibida, Deut. 4:19, (Idem, 2008, P.1590). Para Israel o Sol é apenas criatura de Deus. Adoração essa que está em evidência em nosso dias. Já a Lua, ׇרֵַחׇׇʼ - Yãreah, está sempre em paralelo com o Sol. Criada por Deus para governar a noite, indicar as estações e Israel se utilizava dela para o seu calendário e suas festas, Sal. 104:19 e 136:9, (Idem, 2008, P.666).

Nas religiões pagãs, principalmente na religião Wicca, o símbolo que representa a Deusa lua é a própria Lua. As três fases da lua faz com que ela seja chamadas de Deusa Tríplice, a nova e crescente, é chamada de a Deusa Donzela que representa a pureza e a busca pelo conhecimento. Na lua cheia, Ela é a Mãe que tem o poder, a proteção e o carinho maternal. Na lua minguante, Ela é a Anciã que representa a sabedoria, o conhecimento e a renovação. Disponível, em: https://omundodegaya.wordpress.com/2015/09/15/a-deusa-triplice-a-donzela-a-mae-e-a-ancia/ e acessado em: 31/01/2018. Já para os gregos era Selene, Luna e Diana para os romanos. A Lua para o povo de Ur dos Caldeus era a deusa Sin, de onde saiu Abraão para a palestina, atendendo o chamamento divino, o que está registrado em Gen. 12. A lua na cultura antiga é ligada a fecundação da mulher, bem como a glória da jovem, todavia biblicamente essa glória será suplantada pela glória do Senhor naquele dia, Is. 24:23. A lua tem influência sobre o mar, o plantio e etc, mas não ao ponto de determinar fecundação e ser adorada como deusa. Na Bíblia é enfatizado para Israel que a lua era criação do Senhor. Quem adorasse a lua era condenado a pena de morte como vemos em Deut. 17:3. A partir do quarto dia, Moisés está se referindo a unidade de tempo, conforme o hebraico em dias de 24h, anos e se refere a terra girando em torno do Sol ainda que essa descoberta veio acontecer pelos anos de 1600 d C com o físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, Galileu Galilei. Quando Moisés fala de tempo determinado, isso significa dias, meses, anos, séculos, milênios e etc. A gravidade terrestre passa a funcionar a partir do quarto dia o que não existia.

A BÍBLIA E A CIÊNCIA

A ciência tem feito o maior esforço para contrariar a Bíblia, provar que ela não passa de mitologia, contos de fadas e de um engano, portanto não é confiável. O cientista Marcelo Gleiser e é o pensamento da maioria dos cientistas, em entrevista à revista Época, afirma que “a divulgação científica é a melhor arma para combater as trevas do criacionismo. [...] É a única arma que a gente tem para combater as trevas. Se aceitarmos um obscurantismo religioso, vamos voltar à Idade Média. Não estou falando de deixar de brincar com TVs e computadores, mas da total escravidão intelectual do homem com relação à Religião. [...] Do contrário, vamos perder essa guerra”, Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT884203-1664-6,00.html, acessado em: 31/01/2018. A divulgação científica é a melhor arma para combater as trevas do criacionismo, se referindo ao criacionismo bíblico e religioso e é o Gleiser está afirmando. Em uma sabatina de Gleiser na Folha de São Paulo, ele disse que “ensinar o criacionismo é "crime"’, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13347.shtml e acessado em: 31/01/2018. E fechamos este tópico com a afirmação dele: “À medida que você considera um criacionista um cientista, está dando uma credibilidade que ele não merece”, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13347.shtml, acessado em: 31/01/2018. Mas considerar um cientista, dono da verdade, em matéria que a ciência ainda não tem resposta, que hipótese não passa de hipótese, é dar credibilidade a quem não merece também? Gleiser não perde tempo para criticar as posições dos religiosos criacionistas. Por outro lado, os criacionistas que defendem a Bíblia, atacam a ciência que não tem respostas, para todas as indagações do homem moderno, quanto a criação do universo e seus sistemas solares, planetas e se há vidas neles. Essa briga de conhecimento está longe de terminar, mas tem muitas vantagens para o(a) estudioso(a), pois tem contribuído para acirrados debates, pesquisas e grandes descobertas científicas que tem beneficiado a humanidade como um todo. Todavia, quanto mais a ciência descobre sobre a criação, sobre o universo, sobre as histórias e fatos bíblicas, principalmente através da arqueologia e a biologia, mais se comprova que a Bíblia é inerrante e outras dúvidas vão surgindo inerentes das descobertas. Senão vejamos: Quem descobriu que a terra é redonda foi Nicolau Copérnico do ponto de vista da ciência, e por causa disso ele foi condenado e queimado pela inquisição da Igreja Católica, por afirmar que a Terra era redonda. Aí veio Galileu Galilei através de observação confirmou a descoberta de Nicolau Copérnico, mas negou que a terra era redonda pra fugir da fogueira. Quando eles, porém, descobriram que a terra era redonda ou um globo, a Bíblia já afirmava isso, que a terra é um globo, setecentos anos a C, Isaías 40:22. O profeta Isaías era cientista? Não! Ele descobriu através da revelação divina. Os cientistas levaram aproximadamente 2.235 anos para descobrirem o que a Bíblia já afirmava.

A ciência não pode ser tão confiável assim como Gleiser afirma. A prova disso é que os cientistas têm batido cabeça, contrariando uns aos outros sobre a idade do Universo, da terra, até mesmo no número de planetas existentes, já não são mais nove, e sim, oito; pois Plutão caiu de categoria de planeta para planeta anão, juntamente com Ceres e Eris. Plutão, o planeta anão é o que está mais distante da Sol e da Terra. Sua rotação leva 6,4 dias. Sua translação leva 248 anos. Sua temperatura são menos 200º C. Tem três luas. Foi descoberto em 1930. A idade da Terra, eles dizem que é de 4,54 milhões de anos. E a idade do universo é de aproximadamente 13,73 bilhões de anos, com uma incerteza de aproximadamente 120 milhões de anos. E há outros cálculos sobre a idade da terra e do universo. Não temos dificuldades de aceitarmos muitas afirmações dos cientistas, outros porém, são difíceis de engolirmos como eles não engolem os fartos bíblicos.

TRABALHO DO QUINTO DIA

Gênesis 1:20-23 sai do haja para produza. No V.20, a palavra "produzir no hebraico, יׇלׇד - Yãlãd e derivadas, tem o sentido de “gerar”, “produzir”, “procriar”, “estar em trabalho de parto” e “dar à luz”, (HARRIS, 2008, P. 618). Deus no quinto dia gerou, deu e produziu a luz que temos até hoje, as vidas marinhas e parte das vidas terrestres. A ordem de Deus fora para que as águas gerassem vidas animais aquáticas abundantemente, em grande quantidade, cardumes de várias espécies de peixes, animais marinhos, bem como os repteis. Réptil no hebraico, כַֺּח – Kõah, (Idem, 2008 p.714), é pequeno animal, o lagarto por exemplo. Para se entender a palavra abundantemente, dos V.20-21 o hebraico כָּבָר –Kãbar, (Idem, 2008, p. 700), o significado é haver, produzir em abundância. Daí, precisamos entender alguns detalhes sobre a vida marinha. A fêmea do peixe salmão produz em cada estação 500.000 mil novos peixes. A sardinha por exemplo, produz cardumes, bem como o bacalhau, (MESQUITA, 1979, P. 66). Gerou os répteis aquáticos que devemos entender como sendo os peixes, os animais que se movimentam, que arrastam-se e que são das águas. A tartaruga, por exemplo é um réptil. Para depois gerar as aves de todas as espécies que habitam na expansão, que aqui é chamada de céus.

O V. 21 relata que o Senhor gerou as grandes baleias, peixes, animais e monstros marinhos que em minhas versões (RRC, VR de acordo com os melhores textos em hebraico e grego. ERA, Edições Vida Nova. E Estudo de Genebra, todas tradução de João Ferreira de Almeida). O hebraico ne versículo, ﬨָן – Tan, (HARRIS, 2008, P. 1651), pode ser traduzida por dragão, baleia ou chacal. Chacal é o “Mamífero feroz, canídeo, vizinho do lobo e da raposa, que vive, aos casais, nas estepes da África e da Ásia, e no S. da Europa”, (Dicionário online, Aurélio). Canídeos é a “Família de mamíferos carnívoros [...], cujos pés anteriores têm cinco dedos, e os posteriores quatro, providos de garras; cauda longa, com glândula cutânea coberta de pelos. São os cães, as raposas, os lobos e os cachorros-do-mato”, (Idem). Estepes é o “Tipo de vegetação ou de paisagem dominado por plantas pequenas, sobretudo gramíneas (gramas, capim), que se encontra em zonas frias e secas. [...] é característica do N. da Europa, sendo comum também na Ásia, e aparece nos pampas sul-americanos”, (Idem).

Percebe-se que tanto o V.20 como o V.21 usa a palavra répteis. Répteis das águas, a cobra, lagarto bem como da terra seca. Já o V.21 fala tanto dos répteis das águas como das aves da terra seca. Isso leva-nos entender que há animais que só vivem nas águas salgadas. Os que só vivem nas águas doces. Os que só vivem em terra seca; e há os que vivem em ambos ambientes. Tanto os animais marinhos como os da terra são almas viventes. E foi Deus quem doou a vida e Ele é o autor da vida. É dádiva do Senhor.

Para alma vivente o hebraico usa a palavra נֶפֶשׁ - Nepesh, que significa “vida”, “alma”, “criatura”, “pessoa”, “apetite” e “mente”, (HARRIS, 2008, P. 981). Aqui o sentido principal de nepesh é respirar, (Idem, P.982). A vida para Deus é preciosa e precisa ser considerada pelo ser humano, o que infelizmente não está acontecendo para muitos que tiram a vida de maneira banal. Um número grande de pessoas está banalizando a vida que é tão preciosa, tanto a própria nos vícios e prostituição, como tirando a vida de terceiros. Quando o Senhor Jesus diz em João 10:10: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância". Abundância, Ele se refere, não só a quantidade de anos vividos, mas principalmente a qualidade dessa vida vivida. Foi Deus quem deu a vida e a vida que Ele deu é sempre muito boa.

AS ESPÉCIES, V.21.

As Espécies Botânicas Aquáticas e Terrestres: A botânica é a “Parte da biologia que estuda as plantas; estuda a morfologia e a fisiologia dos vegetais”, (Dicionário Aurélio, online). Portanto temos variadas de espécies. Reproduzirão conforme a sua espécie. O cruzamento só é possível com os da mesma família. É o caso do enxerto de limão com laranja. Mas se cruzar laranja com goiaba, limão com jabuticaba não cruzará. As Espécies Aquáticas: “Pertencente ou é relativo à água”. As Espécies Botânicas Terrestres: “Pertencente ou relativo à, ou próprio da Terra”, (Dicionário Aurélio, online). Tanto os animais aquáticos, bem como os terrestres reproduzirão conforme as suas espécies. Peixe só produz peixe. Quando há o cruzamento de espécies diferentes, mas da mesma família, muda muito pouco as características originais. Por exemplo: O cruzamento do cão com o lobo, dará cão caseira, dócil se for domesticado, mas as características continuam de lobo. Em alguns casos tanto o macho como a fêmea não procriam e não reproduzirão, é o caso do cruzamento da égua com o jumento, que tanto a mula como o burro não procriam. O V.22 começa falando que Deus abençoou o que criou, que no hebraico é a palavra בָרָךּ - Bãrak, (HARRIS, 2008, P.220). Abençoar é “O ato de conceder verbalmente boas coisas”, (Idem, p. 220-221). E é Deus quem abençoa. A iniciativa parte de Deus. Deus abençoa mesmo que o homem não merece tal bênção. Para que o homem seja abençoado em bênçãos especiais, ele tem que fazer a parte dele no pacto, andar no caminho do entendimento. O homem abençoado conforme o Sal. 34:8, é aquele que confia inteiramente em Deus: “Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia”. Prov. 16:20: “O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que confia no SENHOR será bem-aventurado”. O homem que se coloca sob a autoridade da Palavra, ele é próspero e bem-aventurado, Sal. 119:1, Pv. 29:18. A bênção ela pode ser recebida de alguém, do Senhor e serem bênção a outras pessoas. Quem é bondoso(a) para com os pobres é abençoado, (Sal. 41:1, Pv. 14:21), (Idem, 2008, P.134-135). Abençoar no Antigo Testamento é “conceder poder para alcançar sucesso, prosperidade, fecundidade e longevidade”, (Idem, P. 220). A bênção é dada do maior para o menor, do pai para os filhos conferindo-lhes vida abundante e produtiva. O Velho Testamento aponta para Deus como a fonte primária das bênçãos. Quem está com a vida errada para com o Senhor não pode abençoar ou não tem autoridade para abençoar, Mal. 2:2, e nem receber as bênçãos especiais do Senhor em sua integridade Deut. 28. O ser humano é apenas o canal das bênçãos de Deus paras si e para outrem, (Idem, P. 221).

Em seguida, o Senhor ordena a frutificar, que na língua hebraica é פָּרָה – Pãrâ, e que significa: “ser frutífero”, “fecundo”, “ramificar”, “aumentar”, “multiplicar”, (Idem, P.233). O verbo aqui está no imperativo e é uma ordem de multiplicação, דָגָה – Dãgã, (Idem, P.298), e traz a ideia de uma ação contínua em aumentar em abundância a quantidade de animais. Com uma finalidade: Para encher as águas dos mares e a atmosfera em quantidade, mas também em qualidade e continuar, é o que a palavra hebraica, מָלֵא – Mâlê’, (Idem, P. 837-838) quer dizer. Portanto, no quinto dia o Senhor está providenciando a cadeia alimentar tanto para os animais, bem como para o homem que criará posteriormente. Nada foge dos planos do nosso bom Deus.

A CRIAÇÃO DO SEXTO DIA, Gênesis 1:24-31.

No V.24, aparecem as palavras produzir, que no hebraico é: יׇלַד – yãlad, Harris, 2008, p. 618-621, “gera”, “produzir” entre outros significados, é empregada ainda que em segundo plano para gerar animais também. Cabe destacar uma das variações da palavra yãlad que é tôlẽdôt que é usada no A T e que tem o sentido de produzir ou existir por intermédio de alguém porque procedeu de uma pessoa. Isso dá a ideia de que tudo tem como fonte o Senhor Deus. Alma vivente, conforme espécie, e aí, aparece a palavra “gado”. Gado aparece também no V.25, que é a palavra hebraica בְּהֵמׇה - behẽmâ, que significa “fera”, “animal” e “gado”, (Idem, P.153). O que podemos chamar de rebanho ou gado? Há outras palavras no hebraico para se ferirem a animais e gado. Esses animais são formados de mansos, domésticos, não domésticos e bravos ou selvagens, como vemos através da palavra hebraica Besta, בְּעִۥר – Be´îr, que significa besta, gado, principalmente ser selvagem, (Idem, 2008, P.202). O autor de Gênesis quer deixar claro, que os animais aqui são totalmente diferentes do homem, ainda que ambos são seres viventes, contudo, jamais o homem é classificado na Bíblia como animal. A palavra behemâ aponta sempre para Deus como autor da criação e não a natureza ou evolução. O hebraico usa palavras diversas como esta כִּרְכָּרָה - Kirkãrâ, para caracterizar animais grandes, quadrúpedes, ágeis, bestas e etc, (Idem, 2008, P.750-751). O autor usou, também, termos hebraicos para deixar claro os animais de quatro patas distintos, diferentes dos pássaros e classificá-los cada qual em sua espécie. De todas as palavras hebraicas possíveis para descreverem espécie, a que chamou a nossa atenção foi a palavra מִין - Mîn, que significa espécies e gêneros. Ela sugere que Deus ao criar as espécies, quis “acentuadamente que cada forma possuísse o seu próprio grupo genérico, ao qual pertence por ordem do criador”, (Idem, 2008, P.833). O Senhor Deus criou espécies e gêneros diferentes. Por exemplo: A palavra hebraica בְּהֵמוֹח - Behemot que refere-se ao hipopótamo que é animal grande e biblicamente classificado como a besta selvagem. Isso distingue-o muito bem dos demais. O Senhor Deus quis deixar bem distinto as espécies para que o ser humano não se confundisse. Por exemplo: Répteis dos V.20-21, se referem a animais pequenos que rastejam. Já o V.24, répteis se referem animais grandes, que rastejam e animais em geral. Percebe-se que o autor de Gênesis foi minucioso nessas questões. Em Gênesis, os animais são o contraste, o oposto do homem em todos os sentidos, ainda que ambos são seres viventes. Jamais o homem é classificado como animal pela Palavra do Senhor Deus. O hebraico não dá base para isso. Até aqui o que o Senhor Deus criou, não dá nenhuma base para afirmar uma evolução de espécies, pois elas são imutáveis, (Idem, 2008, P.834).

A CRIAÇÃO DO HOMEM E AS CULTURAS ANTIGAS:

“A palavra ADÃO significa no pensamento hebreu, o ‘pai de todos os viventes’, assim como Eva significa ‘vida’. Adão tanto no hebraico, como no grego, significa ‘o que olha para cima’. [...] a cosmogonia (‘do grego; κόσμος ‘universo’ e γονία ‘nascimento’), Fenícia chama-o Adam Quadmu, o que ‘nasce da terra’. No Egito pensava-se que tinha ele sido feito do lodo do Nilo. A narrativa caldaica chamava o primeiro homem ‘o que a terra produz’”, (MESQUITA, 1979, P. 89 – Nota de rodapé). Mesmo o homem sendo infinitamente inferior ao Criador, ele foi feito superior aos animais, com poder de dominá-los, (Idem, 1979, P. 87). Sendo o homem feito a imagem e semelhança de Deus, é ele a única criação do Senhor Deus em condições de receber, de habitar nele o Espírito Santo. Nos dias modernos a ciência está às voltas para provar que o homem evoluiu de espécies inferiores, como do macaco. Entretanto, ela não conseguiu provar cientificamente a sua hipótese, visto que ainda não encontrou o elo de ligação entre os primatas e o ser humano acabado como está. Diógenes querendo uma definição de homem da parte de Platão, o que Cohen cita, 1981, p.32, ao que Platão afirmou: “‘É um animal de duas patas, mas desprovido de penas’. Diógenes depenou um galo e disse: ‘Eis o homem de Platão’. Platão retificou: ‘O homem é um animal de duas patas, desprovido de penas, mas provido de unhas chatas’”.

FAÇAMOS, Gênesis 1:26-27

Ainda no sexto dia, Deus criou o homem, V.26-27. Para a ciência o ser humano é o produto de uma evolução de espécie e parte do pressuposto que isso é verdade incontestável. Todavia, se o criacionismo mente para os seus adeptos, como os cientistas dizem, os cientistas mentem para os seus seguidores, pois que a biologia e o estudo dos gens, bem como outras ciências, com a arqueologia negam a hipótese da evolução. O texto a seguir é bem peripatético, senão vejamos: “Atualmente, os cientistas acreditam que esses antropoides e a espécie humana tiveram um ancestral comum, cerca de 8 a 5 milhões de anos atrás. A evidência desse fato é a grande semelhança entre os humanos e os macacos antropoides, como o chimpanzé”, TodaMatéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/evolucao-humana, Acessado em: 06/02/2018. Percebe-se que os cientistas partem do acreditar e das semelhanças que há entre as espécies, e não de uma comprovação histórica, biológica, genética e arqueológica. O Filósofo grego, Aristóteles, viveu há mais de dois mil anos, e já preocupava-se com a origem da vida, e até hoje a ciência está às voltas para dar o veredito final e não conseguiu. Acreditar por acreditar, que diferença faz acreditar no criacionismo ou na evolução? Tudo é acreditar! Mas queremos considerar que de acordo com, Ap. 16:18, dá-se entender que houve um tempo que a terra fora desabitada de seres humanos. Leiamos o texto bíblico: “E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto”. E isso a ciência não nega. Outra questão: Não queremos discutir, se a raça humana é monogenista ou poligenista, mas apenas citar que há essa discussão nos meios acadêmicos. Mas uma coisa é certa, a ciência nos últimos tempos tem sinalizado que a vida humana tem origem em um só ancestral e que a sua origem está no norte da África, o que aproxima do Éden que geograficamente ficava no continente, hoje, oriental; todavia, o norte da África não está tão longe do local que se dizem localizar o Éden que é no Iraque.

O verbo usado para a criação do ser humano está no plural, “façamos”, o que não foi usado para nenhuma outra espécie criada. Quando Jeová fez o homem, Ele não estava sozinho. Isso não quer dizer que ao criar as demais coisas o Deus-Pai estava sozinho, Ele tinha a companhia do Deus Filho e do Deus Espírito. Essa é uma das provas bíblicas da existência da Triunidade de Deus. A Bíblia usa o verbo בָרָה – Bãrã, (HARRIS, 2008, P. 212-213), fazer, criar o homem. Há alguma diferença entre criar e fazer? Qual? Para nós há uma pequena diferença. Quando o Senhor Deus criou os Céus e a Terra, Ele criou do nada, não havia matéria preexistente. Agora Ele está fazendo o homem da matéria já criada, o pó da terra. Criar é criar do nada e fazer, é fazer do que já existe. O hebraico dá base para se pensar assim. O Senhor Deus criou uma vida, uma espécie nova e diferente das demais. O Senhor “Deus pode ‘agir’ ou ‘operar’ de formas divinas. Por exemplo, Deus pode operar sinais maravilhosos, (Dan. 6:27)”, (HARRIS, 2008, P.1717). Ele salva, livra, Ele opera sinais, maravilhas no céu e na terra, salvou e livrou Daniel do poder dos leões famintos. Ele age em conformidade com a sua própria e soberana liberdade e vontade, Dan. 4:35. Nada e ninguém que possa estorvar a sua mão de fazer o que lhe é apraz, e lhe diga: Que fazes? Portanto, entendemos que o Senhor Deus fez o homem de maneira sobrenatural, como tudo que Ele criou, por decisão própria, uma espécie nova e diferente de todas as demais espécies.

CRIAÇÃO POR EXCELÊNCIA, Gênesis, 26-27

No V.26 o Senhor Deus fez o homem e a palavra em hebraico usada é: אָדַם – ‘adam, e palavras correlacionadas significam espécie humana. Espécie diferente de todas as demais que Deus criara. Distinto da criação irracional. Dotado de integridade, Inteligência, moral, conhecimento, justiça, santidade e verdade o que os animais irracionais não tem. Bíblia é tão minuciosa que usa a palavra hebraica, אִש – `ysh, para definir o homem como indivíduo, (HARRIS, 2008. P.62). A própria ciência afirma que cada ser humano é diferente um do outro, que nem mesmo os gêmeos são iguais, o que não acontece com os animais, com raras exceções. O homem é possuidor de muita dignidade como indivíduo no Antigo Testamento, (HARRIS, 2008, P.62). Jeová invocou a Trindade na criação da espécie humano, o que não fez nas demais criações! Isso por si já é suficiente para provar a superioridade do ser humano sobre os demais animais criados. Foi a única criação que mereceu tal afirmação: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Esta afirmação pode-se dar duas interpretações, como afirma Mesquita, 1979, p.88, diz: 1 - “Que Deus está associado os anjos à criação do homem, portanto, invocando sua cooperação. [...] 2 – Que este pronome e este verbo no plural incluem as três pessoas da Trindade”. A primeira pode e deve ser descartada, visto que em nenhum outro lugar nas Escrituras os anjos são mencionados como participantes na criação. A segundas é a que está em conformidade com enunciado bíblico, o que vemos em Gen. 1:2 e João 1:1-5. A imagem e semelhança não é física e corporal, pois Jeová não tem forma, Ele é espírito. Essa semelhança só pode ser moral, racional, espiritual e inteligência para se ter liberdade de fazer as suas escolhas, personalidade e senso de santidade. Mesquita, 1979, p. 89, afirma que: “O homem foi criado para refletir o caráter do bem, tanto quanto pode ser demonstrado. Podemos enumerar os predicados do homem, que não só o colocam infinitamente acima de toda a demais criação, mas o tornam a imagem e semelhança de Deus: (1) vontade; (2) livre arbítrio e (3) santidade. Outros predicados secundários: (1) responsabilidade; (2) espírito religioso; (3) amor; (4) espírito em contraposição com alma vivente; (5) reflexo da imagem de Deus e sua forma física; (6) domínio sobre as paixões carnais; (7) domínio sobre a criação e (8) comunhão com Deus”. Outra diferença marcante, o homem foi criado com corpo, alma e espírito. Já os animais foram criados só com corpo e alma vivente. Mesquita continua: “O homem foi criado: (a) Inocente em si mesmo e à vista de Deus. (b) Em comunhão com o Criador. (c) Em feliz harmonia com todo o programa criativo. (d) Livre da morte”. A morte é o salário do pecado da desobediência rompendo assim a comunhão intima entre o Criador e a criatura, rompendo assim a ligação de vida eterna, o que só é possível em Cristo Jesus. Foi criado para povoar a terra, para dominar e conquistar a criação do Senhor, mas isso não quer dizer que é para escravizar o que o Senhor subjugou ao homem. É dominar no sentido de conduzir, de gerir e exercer a sua autoridade que lhe foi conferida sobre as demais criações. Em sabendo usar a criação de Deus que foi submetida ao homem, ele desfrutará de todos as bênçãos que emergem da criação, para isso ele foi em nível superior e acima dela. Superioridade é demonstrada nos verbos e suas conjugações, façamos e produza-se a terra. As semelhança entre a criação do ser humano e a natureza: 1 – Foram criados no sexto dia. 2 – veio do pó como os demais seres viventes. 3 – Alimenta-se como os demais. E 4 – Reproduz-se como os demais seres que vivem. Com o façamos o homem a criação está completa. A semelhança nossa com o Senhor só poderá acontecer em amor e em comunhão com Ele, o que foi perdido com a queda com a regeneração ele torna ser criada e aperfeiçoada. Criou o homem e mulher, macho e fêmea. Portanto, matrimônio do ponto de vista bíblico só é permitido entre sexos opostos. Ao fazer o homem e mulher, Jeová não os fez bebês e crianças, mas os fez adultos e em condições já de procriarem, o que de fato aconteceu.

CRIAÇÃO DA MULHER

No V. 27 o Senhor Deus fez a mulher ou a Fêmea. Que o hebraico אִשָה – `ishshâ significa mulher, esposa, fêmea, cada uma, toda, (HARRIS, 2008, P.99). Cada uma significa uma só mulher para cada homem e um só homem para cada mulher, isso se chama acasalamento. Ao criar uma só mulher, o Senhor Deus já estava reprovando a poligamia, o adultério, o lesbianismo e homossexualismo. A bênção do Senhor sobre a vida do casal só é possível quando se forma casal. Homem com homem e mulher com mulher, não formam-se casal, mas pares. No hebraico, a palavra TODA significa que a mulher é completa e é completa para o homem. A mulher não é completa para outra mulher. O homem não é completo para outro homem. Homem e mulher se completam como vemos em Gên. 2:23-24: “E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”. Com isso o Senhor Deus está desaprovando o homossexualismo, que nada mais é do que prevaricação e depravação. Mulher é a cópia física do homem, digna da lealdade inabalável do homem, como esposa e companheira, Gên. 2:24-25, (HARRIS, 2008, P. 99). A Bíblia exalta a mulher como digna de mais alto estima e é graciosa, (Prov. 11:16) “A mulher graciosa guarda a honra como os violentos guardam as riquezas”. (Rute 3:11) “Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseste te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa”; o que a mulher deve buscar como ideais femininos. Por outro lado, a beleza sem discrição, (“Qualidade ou caráter de discreto. Discernimento, sensatez. Qualidade de quem sabe guardar segredo. Prudência, reserva [...]. Modéstia, [...] decência”), (Dicionário Aurélio online), é condenada, (Prov. 11:22) “Como joia de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não tem discrição”.

HOMEM E MULHER A IMAGEM

As palavras hebraicas para imagem צוּרָה Tsûsâ e צִיר Tsîr significa “formato” e “modo”, (HARRIS, 2008, P.1277). Já a palavra צֶלֶם – Tselem, é usada por 5 vezes para descrever o homem como ser criado à imagem de Deus, (Idem, 2008, P.1289), que significa “conforme”, “como” e “aproximadamente”, (Idem, 2008, P.1701). Esse o homem e mulher não são e não podem ser a imagem exata de Deus. Essa imagem precisamos entender que é parcial. A imagem e semelhança, não é corpórea, física, pois Deus é Espírito. Todavia, quando o Senhor quis se manifestar ao homem, o fez antropomorficamente, na forma humana, porque o homem é superior a todos os animais. Só é possível a semelhança do ponto de vista moral, racional, espiritual, inteligência, vontade, poder de decidir, sentimentos, santidade, livre arbítrio, responsabilidade, espírito religioso, amor, domínio sobre suas paixões carnais, domínio sobre a criação e comunhão com Deus, (Mesquita,1979, P. 89). Como cita Armando Chaves Cohen, 1981, p. 29, o Dr. Scroggio em que ele diz: “A imagem é a substância espiritual da alma, a (que – grifo nosso) não pode ser perdida. A semelhança é o caráter moral separável da substância, e foi perdida na queda. Por isso os filhos de Adão foram gerados à semelhança dele e não à semelhança de Deus, como ele fora gerado, Gn 5:3”.

HOMEM E MULHER A SEMELHANÇA...

A semelhança, não é ser da mesma essência. O homem é apenas a imagem da semelhança de Deus. A palavra hebraica דָּמָה – Dãmã e as correlacionadas, (HARRIS, 2008, P.315-316), quer dizer que ninguém se compara a Deus em mistério e em função. É a palavra que se encontra em, Gen. 1:26 e 5:1. A semelhança é espiritual, intelectual, moral com Deus de quem recebeu o sopro de vida, (HARRIS, 2008, P. 1289). “O homem é o representante visível, corpóreo, do Deus invisível, incorpóreo [...] assegura que o homem é um representante adequado e fiel de Deus na terra”, (Idem, 2008, P. 317). A imagem de Deus refere-se como criatura racional, moral e espiritual. O homem está acima da criação, de natureza diferente da dos animais, para manter a comunhão com Deus e ser o seu representante na terra, (Idem, 2008, P.14).

HOMEM E A MULHER ABENÇOADOS

O V. 28 diz, que o Senhor Deus os abençoou, o que a palavra hebraica, בֶּרֶךּ - Berek, (Idem, 2008, P.220) e suas derivadas significa, “joelhar”, “abençoar”, “tanque”, “reservatório” e “lago”. Isso quer dizer que Jeová veio até a criatura para abençoar com o ato de esvaziar de sua onipotência e santidade para ter contato com a criatura. O que o Apóstolo Paulo diz em Fil. 2:6-11. Ajoelhar significa submissão e obediência, Is. 45:23, “Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua”. Isso quer dizer que se não houver submissão e obediência, não há bênção. Deus é a única fonte de bênção. Aqueles que estão com o relacionamento errado para com o Senhor Deus e insubmissos, não podem abençoar, Mal. 2:2 e nem serem abençoados pelo o Senhor, Deut. 28:15.

FRUTIFIQUEM Gên. 1:28

A bênção constituía, não só na presença do Senhor, no Jardim do Éden; no provimento das necessidades materiais básicas, mas também no “frutificar”, “ser fecundo”, “ramificar”, “aumentar”, “multiplicar” e frutificar o fruto do ventre, a espécie humana. A ordem em multiplicar vem em seguida, logo, está relacionada a bênção do crescimento da prole e é o que significa a palavra em hebraico, פָּרָה – Pãrâ, (Idem, 2008, P.1233) e sua derivada פְּרִי – Perî, (Idem, 2008, p.1233, que é significante, pois indica o fruto do ventre, isto é, gerar filhos. O verbo está no imperativo; portanto, dá a ideia o que o Senhor Deus queria, Ele queria que a espécie perpetuasse. No mesmo, V.28, Jeová ordena a “multiplicar em abundância e ser muito, כָּבַר – Kãbar, (Idem, 2008, Harris, P.700). Ainda no V.28, Deus manda encher e expandir na terra, מָלֶא – Mãle, Idem, 2008, Harris, P.836), para cumprir a promessa DELE, dominar a criação do Senhor.

ENTREGOU A CRIAÇÃO AOS CUIDADOS E AO DOMÍNIO DO HOMEM

Ainda no V.28, o Senhor Deus, ordena ao homem a sujeitar toda a criação, que no hebraico é כֶּבֶש – Kebesh, (Idem, 2008, P.702), que significa “subjugar”, “escravizar”, “escabelo” e “manter sob controle”. Não é a criação que sujeita ao homem, mas ele quem domina a criação para desfrutar dela em benefício próprio. A ordem de sujeitar está de acordo com a importância da criação. O ser humano está acima de toda a criação de Deus, importância essa que nos dias atuais tem sido invertida, pais o homem não tem passado de objeto descartável, visto que os meios de comunicações e órgãos de preservação ambiental tem colocado a natureza acima do homem. Daí talvez se explica o porquê o tabaco, as drogas em geral e o alcoolismo tem dominado o ser humano e não o mesmo dominado a criação inferior, o que notamos que o papel e as funções estão invertidas. Não é o homem quem domina a criação, mas é o inferior que está dominando o homem, o superior. Domínio este dado pelo o Criador, não para fazer o que bem quiser, destruir de maneira irresponsável, mas dominar como administrador responsável da porte de Deus, a quem tem que prestar conta ao dono de tudo que criou.

Há várias palavras hebraicas com pequenas variações que o sentido é dominai, que as citaremos a seguir: בָעַל – Ba‘al; יָכל – Yãkõl; מָשַל – Mashal, (HARRIS, 2008, Págs. 198, 616-617 e 890) que significam: “dominar”, “possuir”, “ter”, “governar”, “reinar”, “ser capaz’, “prevalecer”, “vencer’, dominar ou sujeitar no sentido físico, ético ou religioso. Também dominar pela capacidade e habilidade que o homem tem que os animais não tem. Homem este que foi criado por Deus superior para prevalecer e ter domínio sobre tudo o que o Senhor Deus criou com vida, disse Harris. E em nenhum período da história da humanidade, esse domínio do homem sobre o que o Senhor criou, foi tão grande e tão real como em nossos dias. Os cientistas tem descobertos espécies botânicas que eram desconhecidas. Animais terrestres e aquáticos nas profundezas dos mares. Elementos químicos na terra que se encontram em outros planetas. Foram a lua. Estação espacial. Sondas e robôs em Marte. A descoberta de galáxias distantes, além das descobertas na que habitamos, que é a “A Via Láctea”. Mas há ainda mistérios neste universo que intrigam os cientistas que não conseguem desvendá-los que ainda não foram resolvidos e que permanecem um enigma neste universo maravilhoso e imenso. (Extraído de: http://www.ccvalg.pt/astronomia/galaxias/o_que_sao_as_galaxias.htm, em 01/03/2014). Mas, por outro lado, não houve período de uso da natureza por parte deste homem tão irresponsável e destruidor como nos dias atuais. O Senhor Deus colocou o homem como seu vice regente sobre a criação d’Ele. Todavia, esse domínio é limitado, para preservar a criação sujeitada e dominada com responsabilidade. “O domínio do homem sobre o mundo animal e vegetal não deve ser interpretado como exploração. O tratamento cruel para com os recursos naturais, dentre os quais os animais, acarreta em julgamento do Senhor Deus sobre a humanidade, (Hab. 2:17). Na verdade, a vida moral do homem está tão relacionada com a natureza que os pecados trazem devastação no mundo natural, (Os. 4:1-4). Jeremias declara que o mal moral humano trará falta de animais, (Jer. 9:10). Os justos cuidam dos animais, (Pv. 12:10)”, (HARRIS, 2008, P. 154). Jávé governa sobre toda a criação, o ser humano administra, toma conta, cuida do que Deus criou e presta conta ao Criador. O homem foi colocado como mordomo do Senhor Deus sobre a criação DELE. O que o mordomo faz? Qual é a sua função? Exemplo bíblico: Jacó e Labão e José e Potifar, Gên. 30:27-43 e 39:1-40:8. Nós somos mordomos, não só da criação que o Senhor colocou embaixo de nossos pés, mas principalmente de nossas vidas. Como estamos administrando-as?

MANTIMENTO E ALIMENTO

O V. 29 fala que toda a erva que dá semente, as árvores que dão frutos e sementes serão para alimentação e nosso sustento, bem como dos animais irracionais. Há uma variedade de palavras no hebraico que descrevem ervas, sementes, árvores e frutos que são comestíveis. A erva, por exemplo, no hebraico יָרָק – Yãrãq, fala de erva como verdura de um modo geral, (HARRIS, 2008, 670-671). Há várias palavras no hebraico para falar de comida para o homem, mas citaremos apenas duas: אָכַל – `Ãkal que quer dizer: “comer”, “consumir” e “alimentar”, (Idem, 2008, P. 64). E a outra é: מַאֲכָל – Ma’ãkal, que tem significado idêntico, “comida”, “fruto” e “carne”, com pequena variação em que fala de alimento delicioso, (Idem, 2008, P. 64-65). Já as palavras que se referem ao homem consumindo algum tipo de comida e alimento, se referem a um pomar, feita pelo homem, a frutas, grãos moídos ou amassados. Os sentidos básicos dessas palavras são o homem consumindo algum tipo de alimento sem entrar em detalhes de qual alimento. Já para Mantimento, o hebraico tem várias palavras que tem praticamente o mesmo sentido, que são: אֺכֶל – ’okel, (Idem, 2008, P. 65). Comida e iguarias, se referindo a “Comida fina, delicada e/ou apetitosa [...]. Qualquer comida preparada”, (Dicionário Aurélio, online). Alimentos deliciosos. De todas as palavras, no hebraico, que falam da alimentação do homem, uma chamou a nossa atenção, que é: מַכּלֶﬨ - Makkolet, ela se refere a comida do ponto de vista de gêneros alimentícios. Isso quer dizer tudo o que é comestível e indicando que o homem estava logo após a criação, autorizado a comer de tudo o que o Senhor Deus havia criado e que era comestível. E tudo o que o Senhor criou, criou visando o bem estar do homem. As restrições vieram com as leis através de Moisés na revelação no Monte Sinai.

O V. 30 fala que o homem pode comer de todos os animais, aves e répteis. E animais no hebraico que é: בְהֵמָה – Behemã, significa e se refere a feras e gados, (Idem, 2008, P. 153). Faz alusão a animais de quatro patas para fazer distinção dos pássaros, Gn. 6:7; dos peixes e répteis, I Reis 4:33; 5:13. Os animais são opostos do homem, Ex. 9:9-10, ainda que ambos sejam seres vivos; no entanto, jamais o homem ou o ser humano é classificado como animal. Animais no V.30, se referem a rebanhos domésticos que são os ovinos, bovinos, caprinos, ovelhas e etc. Os animais, os quais a Bíblia se refere, são exclusivamente para alimento seja do homem ou para a cadeia alimentar, nunca e jamais para exploração como fonte de lucro. As aves, por exemplo, no hebraico, usa a palavra עוֹף – ‘ôp, que é o mesmo que aves voadeiras e pássaros em gerais, (Idem, 2008, P. 1093). Uma Questão Ética: A vida moral e ética do homem é tão ligada a natureza e a criação do Senhor que os pecados do homem trouxeram e trz devastação no mundo natural, Os. 4:1-4, (Idem, 2008, P. 153-154). Daí que o Apóstolo Paulo fala que Jesus Cristo veio reconciliar todas as coisas com Deus Pai, II Cor. 5:19; Col. 1:20.

Nota dez para a criação

O V. 31 fala que Deus viu, תָזָה – Hãzâ, e significa “ver com os olhos”, “olhar” e “contemplar”. (Idem, 2008, P. 445). Esse viu é o ver que envolve sensação especial e emoção. É o ver de maneira diferente em que o homem vê. É o ver de maneira encantado, com admiração diante do que vê. Ver o valor e a beleza. É Ver os detalhes. E que o Senhor viu? Ele viu e “Eis que era muito bom” que no hebraico, טוֹבּ - Tôb, (Idem, 2008, P. 564-565). Bom no sentido mais amplo que se possa imaginar. Bom porque foi Deus quem criou. Bom porque criou de maneira bela, inclusive o homem, de maneira prazerosa. Bom porque é de valor elevado, sem igual e impagável. Bom porque é “agradável”, “belo”, “que dá prazer”, alegria e é “jubilante” (Idem, 2008, P. 565). Bom de maneira prática. Tudo que o Senhor Deus criou, o Jardim do Éden, com tudo de comer, as frutas e o homem era demais, bom na beleza, bom no paladar e bom na praxidade. O hebraico varia o bom desde a ação que consideramos boa até a ação que não entendemos, não avaliamos como bom, mas que o Senhor Deus usa a adversidade para fazer com que o resultado final seja bom para parte ou partes. Por exemplo: A escravidão de José no Egito foi muito boa para preservar vidas, tanto dos egípcios, bem como de sua família, Gen. 45:5: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós”. Nem tudo de ruim em nossas vidas, realmente é ruim. Sempre existirá o bom mesmo que aparenta ser muito ruim. E nada é tão ruim que o Senhor não possa transformar em coisa boa e em bênção para as nossas vidas, amém!

Bibliografia


1 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - COHEN, Armando Chaves. Notas sobre o Gênesis. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1ª. Ed., R J, 1981, 95 p.

3 - JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

4 - KIDNER, Derek. Gênesis: Introdução e Comentário. Trad. de Odayr Olivetti. Ed. S. R. E. Vida Nova e A. R. E. Mundo Cristão, São Paulo, 1979, 208 p.

5 - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

6 - MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo no Livro de Gênesis. 4ª Edição. Rio de Janeiro. Editora JUERP, 1979, 308 P.

7 - MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 p.

8 - SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Editora: S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.

2017-07-04

OS VERDADEIROS NOMES DE DEUS


OS NOMES VERDADEIROS DE DEUS
Pastor Flávio da Cunha Guimarães

Um post para aqueles que querem subsídios apologéticos para o enfrentamentos quanto as seitas que reivindicam a exclusividade quanto a um só nome de Deus, que é Jeová, e é este o único nome verdadeiro.

INTRODUÇÃO:

O objetivo deste post, em primeiro lugar: É desmistificar a questão do nome de Deus e responder as perguntas a seguir. Afinal, Deus tem um só nome? Tem mais do que um nome? Qual é ou quais são os nomes verdadeiros de Deus? Só pode ser chamado ou tratado por um único nome? Se tem um só nome, qual é? Acarreta em erro, em pecado ou em heresia chamar Deus de Deus? As seitas estão certas ao afirmarem que Deus só tem um nome verdadeiro? O que a Bíblia diz sobre o nome de Deus? As religiões que não invocam Deus como Jeová, estão incorrendo em erro grave, em heresia e professando a fé falsa? Quem não invoca pelo o nome de Jeová, mas sim Deus, está invocando um Deus falso?

O objetivo em segundo lugar: É fazer apologia dos verdadeiros nomes de Deus, revelados nas Escrituras, em face as seitas que insistem em afirmar que Deus só pode ser chamado de Jeová, porque creem que esse é o único nome verdadeiro de Deus. Grupos esses, que têm travado um debate acirrado, tanto na internet como pessoalmente, alegando que o nome de Deus a ser pronunciado tem que ser o tetragrama, YHWH – Jeová, que os demais nomes e títulos de DEUS, derivaram-se deste nome e são falsos, o que é questionável, senão veremos:

1 - OS NOMES DE DEUS SÃO:

1.1 – O nome de Deus na língua hebraica mais antigo é: אֵל El, que significa o Deus forte e Poderoso. O Deus verdadeiro de Israel. Percebe-se que Israel tem “EL” no final, que traz o significa do nome: O que luta com Deus. É o nome de Deus mais antigo que se tem conhecimento. É também o nome pessoal de Deus. Diz Harris, (2008), p. 69 (1), que “hã`el haggãdôl” “o grande El”, o Deus superior a todos os deuses, “(Jr. 32.18; Sl. 77.13 e 95.3); [...] ‘El que faz maravilhas (Sl. 77.14); `el `elim, ‘Deus dos deuses’ (Dn. 11.36); `el `elohê lekol-bãsar, ‘El, o Deus dos espíritos de toda carne’ (Nm 16.22; 27.16)”. El acompanhado de uma outra palavra falará dos atributos de Deus, como Salvador de Israel; Fiel; Santo; Verdadeiro; Todo-Poderoso; Eterno; Onisciente; Onipotente; de Glória; Justo e Zeloso, (HARRIS, 2008, P. 69-70) (2). EL Também é um dos nomes mais usado nas Escrituras Sagradas. El, nas Sagradas Escrituras, tem a intenção de distinguir o verdadeiro Deus dos falsos que tem o mesmo nome que consta em outras culturas. EL é o nome tão completa e tão característico para Jeová como o é ELOHIM e YHWH. Deus se revelou na criação de todas as coisas como אֱלֺהים Elohim, o Deus Criador, (Isaías 45:12; (Apocalipse 4:11). Se revelou como o Deus יֵשׁוּﬠַ Yeshua, o Deus Salvador, na pessoas de seu Filho, Jesus (Mateus 1:21; I Timóteo 1:15). Jesus é divino, santo, poderoso, da mesma essência e com os mesmos atributos como o é Jeová. E se revelou como o Deus רוּהַ rûah, o Deus Espírito, o Consolador, (João 14:16,26; 15:26 e João 16:7), a Trindade de Jeová o que não querem reconhecer, o que discutiremos abaixo.

1.2 – O primeiro nome de DEUS que aparece na Bíblia, em (Gênesis 1:1), é אֱלֺהים `elohim, o nome de Deus no plural, que manifesta a Trindade e a totalidade da Divindade. Este nome de DEUS é citado na Bíblia 2.570 vezes. Foi através deste nome que o povo de Deus, Israel, O conheceu. O nome quer dizer que Deus é o criador de todas as coisas e manifesta a Trindade divina. É assim que as Escrituras se referem a Deus, (HARRIS, 2008, P. 68-73 (3). Nos três primeiros capítulos de Gênesis aparecem os três nomes principais e mais importantes de Deus. Em Gênesis 1:1 aparece Elohim. Em Gênesis 3:8. Diz Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 2 (4), que os “Testemunhas de Jeová [...] Negam a doutrina bíblica da Trindade, procurando enfraquecer o conceito de pluralidade presente na forma Elohim – plural de Eloah (Deus, na língua hebraica). [...] RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus é apresentado pela primeira vez na Bíblia com o nome hebraico Elohim. Em Gênesis 1.1, o verbo está no singular (criou) e o sujeito no plural (Deus). Elohim é a forma de Eloah, mas o significado é o mesmo: Deus. Quando analisamos o contexto bíblico (1.26; 2.22; 11.7), podemos compreender a unidade composta de Deus na Trindade, ou seja, um único Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Embora o nome Elohim, por si só, não prova a unidade composta, o contexto, porém, apoia a unidade de Deus: ‘façamos... nossa’ (1.26,27); ‘eis que o homem é como um de nós’ (3.22); ‘desçamos e confundamos’ (11.7. v. tb. 1.26,27)”.

Em Êxodo 3:14 encontra-se a resposta de Deus a pergunta de Moisés: “Qual é o seu nome?” E Deus responde: “EU SOU O QUE SOU”. Ele não respondeu ser Jeová, o que os Testemunhas de Jeová querem que Ele seja chamado. Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 65 (5), diz que: A “Tradução do Novo Mundo traz: ‘Mostrarei Ser’. E, em João 8:58: ‘eu tenho sido’. Seu objetivo, com isso, evidentemente, é inferiorizar Jesus, negando ao Filho de Deus a divindade que lhe é devida. Dessa forma, tal tradução evita a associação natural entre o EU SOU, da referência em estudo, e o EU SOU, do evangelho de João. RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto da Tradução do Novo Mundo não corresponde ao original bíblico, mas atende unicamente ao propósito da Sociedade Torre de Vigia: negar a divindade de Jesus Cristo. Nas palavras de Jesus, em João 8:58, o Senhor repete, a respeito de si mesmo, o nome de Deus revelado a Moisés, conforme a referência em estudo. Os judeus que ouviram Jesus pronunciar essas palavras entenderam a identificação e, por isso, pegaram em pedras para atirar nele. Queriam condená-lo por blasfêmia por ter pronunciado o nome de Deus (coisa que eles, em hipótese alguma, faziam). Mas Jesus preferiu o santo nome de Deus em referência a si mesmo: ‘Antes que Abraão existisse, EU SOU’. Como se não bastasse, a edição anotada da Tradução do Novo Mundo (com referências de 1986, p.84) afirma que a locução grega Ego eimi ho on significa: ‘Eu sou o Ser’ ou ‘Eu sou o Existente’. Mas em João 1.18 a mesma expressão (ho on) é empregada para definir a relação que há entre o Deus Pai e o Deus unigênito, Jesus Cristo. Tal tradução, elaborada pela Sociedade Torre de Vigia, deve ser rejeitada, porque adultera o texto bíblico com o único objetivo de dissociar Jesus da unidade divina e classificá-lo como mero representante de Jeová Deus”, EL.

Em Êx. 3:15 Deus diz a Moisés: “Este é meu nome eternamente”. Esta afirmativa de Deus a Moisés levou os Testemunhas de Jeová a usarem, afirma Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 65-66 o seguinte: “este versículo para argumentar(em) que são as únicas pessoas que adoram o verdadeiro Deus, uma vez que somente elas chamam Deus de Jeová. Para essa seita, quem chama Deus de Deus ou Senhor pode estar chamando ou orando a um deus falso. Se alguém deseja falar com o Deus verdadeiro, segundo afirmam, deve chamá-lo pelo nome de Jeová. RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esse entendimento só surgiu em 1931, quando os adeptos dessa seita adotaram o nome organizacional de Testemunhas de Jeová, indicando, como base bíblica para isso, Isaías 43.10. Antes, afirmavam: ‘O nome Deus quer dizer o Altíssimo, o Criador de todas as coisas. O nome Jeová significa os propósitos do Eterno para com suas criaturas. O nome deus Todo-Poderoso quer dizer que o seu poder é ilimitado. O nome altíssimo dá a entender que Ele é o Supremo e que além dele não existe nenhum outro. E o nome Pai quer dizer que Ele é o doador da vida’. O senhor Jesus nunca iniciou suas orações dizendo: ‘Deus Jeová’ ou ‘Jeová Deus’, mas: ‘Pai’ (Mt 11.25; 26.39-42; Lc 10.21; 22.42; 23.34-46; Jo 11.41; 12.27,28; 17.1-26)” (6).

Em Gênesis 1.2 onde lemos [...] “E o Espírito de Deus [...]”, diante deste texto os Testemunhas de Jeová usam em sua versão bíblica, afirma Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 2, que “A Tradução do Novo Mundo (versão da Bíblia das Testemunhas de Jeová), para negar a personalidade do Espírito Santo, traz ‘força ativa de Deus’, em lugar de ‘Espírito Santo’. Em todas as passagens da TNM (Tradução Novo Mundo, entre parênteses, grifo meu), o nome Espírito Santo de Deus é grafado com iniciais maiúsculas (Cf. Mt. 4:1-3). RESPOSTA APOLOGÉRTICA: a palavra hebraica para espírito (ruach) aparece 377 vezes no Antigo Testamento. Em 100 ocorrências é traduzida como Espírito de Deus e, nas demais, espírito do homem, vento, respiração e sopro. Assim, pelo fato de a palavra ruach ter vários significados, a Sociedade Torre de Vigia (organização que publica a Tradução do Novo Mundo) se apropria da palavra, atribuindo-lhe o significado mais conveniente à sua convicção doutrinária. A Bíblia, contudo, traz evidente e diversas referências aos atributos do Espírito Santo (Jo 15;26; At 5.3,4; 13.2; 16.6,7; Rm 8.26,27; 1Co 6.19)”, (7).

A afirmação de Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, encontra apoio em Marcelo Berti, em seu Blog “Teologando”, “Como assim [outras] coisas?” Seria bom que o leitor consultasse tal post. Em que escreve sobre as Traduções do Novo Mundo, das Testemunha de Jeová, em que eles alteram a tradução para dar suporte ao que querem afirmar doutrinariamente sobre Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo. O que um ex-testemunha de Jeová, Fernando Galli faz o seguinte comentário dizendo: “Muito bom, Pr. Marcelo! É simples: O corpo governante das TJs adapta sua TNM (Tradução Novo Mundo, grifo nosso) às suas crenças. Quando fui TJ, conheci “peritos” em grego das TJs, em Cesário Lange. Eram dois: Eric Katner e Fred Willians. Ambos me disseram: Acrescentamos “outras” por ser uma tradução interpretativa, uma paráfrase, que não se choca com a verdade da criação do próprio Jesus” (mais ou menos isso)” (8).

Em Gênesis 1:26-27, lemos: “Façamos o homem à nossa imagem”. Diante desta afirmação, os testemunhas de Jeová, segundo Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 3: “Declaram que o verbo ‘façamos’ (1ª pessoa do plural, ‘nós’) e o respectivo pronome possessivo ‘nossa’ (também 1ª pessoa do plural) deveriam ser interpretados como sendo o Criador falando ao mestre-de-obras, Jesus. Declaram, ainda, que a pluralidade se refere à majestade. O propósito desta interpretação é negar a doutrina bíblica da Trindade. RESPOSTA APOLOGÉTICA: A doutrina cristã da Trindade é biblicamente explicada pelos seguintes fundamentos: a.) Há um só Deus (Dt. 6.4; Is. 43.10; 45.5,6) b.) Esse único Deus é uma pluralidade de pessoas (1.26; 3.22. Comparar Is. 61-8 com Jo 12.37-41 e At 28.25); c.) Há três pessoas chamadas de Deus e eternas por natureza: o Pai (2Pe1.17), o Filho (Jo 1.1; 20.28; 1Jo 5.20) e o Espírito Santo (At 5.3,4). As Escrituras atribuem a Jesus a criação de todas as coisas: ‘Sem ele nada do que foi feito se fez’ (Jo 1.3)”, bem como Jo. 1:10 e Col. 1:17 que dizem: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (9).

1.3 – O tetragrama YHWH - Jeová, sem dúvida é uma palavra hebraica importante quanto ao nome pessoal de Deus, uma das primeiras também, citada biblicamente em um total de 5.321 vezes nas Escrituras; mas isso não garante os grupos afirmarem que é o único nome de Deus na Bíblia e que Deus só pode ser chamado de YAVÉ. Harris, 2008, p. 345-347, depois de discutir vários aspectos da palavra YHWH como derivação, grafia, sufixos, sonorização, significados, nomes de pessoas na Bíblia que correspondem ao nome Iavé, o respeito e reverência que os judeus devotavam em pronunciar o nome de YHWH, bem como o acréscimo das vogais posteriores ao tetragrama YHWH, ele concluiu a dissertação, dizendo que: “O nome de Deus identifica sua natureza, de modo que um pedido para conhecer seu ‘nome’ equivale a uma pergunta sobre seu caráter (Êx 3.13; Os 12.5(6). [...] O nome exato, Iavé, (YHWH) surge quando outros falam dele na terceira pessoa, yahweh, ‘ele é’. O nome “Iavé”, nada mais é do que indicar a natureza de Deus que faz parte do pacto ou do testamento do Senhor para com o seu povo, Êx. 6:2-4; Deut. 7:9 e Is. 26:4, como El e Elohim. Harris, (2008), p. 348 afirma que: “Em Êx 6.3 o Senhor explica a Moisés que não se dera a ‘conhecer’ aos patriarcas pelo seu nome Iavé, querendo dar a ‘conhecer’ (ver yãda´) o sentido mais amplo e profundo da palavra: o nome estava em uso (Gn 12.8; 15.2,7,8) mas não era entendido com o significado redentor que adquirira no tempo de Moisés” (10). Portanto, o nome de Deus através do tetragrama YHWH, revela nada mais do que a proximidade do Senhor, seu cuidado para com os homens e a revelação de sua aliança redentora para com os pecadores. Não existe nome mais importante ou poderoso de Deus para ser usado com exclusividade. Diz Harris, (2008), p. 348 que: “Em Gênesis 1.1 – 2.3, o termo geral `elohîm (q.u), ‘Deus’, ‘divindade’, é apropriado para o Deus transcendente da criação” (11). Logo, entendemos que, no decorrer do Antigo Testamento, os nomes de Deus como Iavé, Elohim e El, são usados de maneira revezados e alternados, por exemplo: Os Salmos de 1 a 41 usa-se Iavé; já os Salmos de 42 a 72 usa-se Elohim, como El em outras partes como vimos acima. Portanto, a revelação dada por El, a Moisés, usava os nomes para Deus “El”, “Elohim” e “Jeová”. E El fora usado desde tempos mais antigos, como o Salmo 19 diz que os Céus proclamam a glória de Deus.

Concluímos estes três pontos, dizendo que, se os demais nomes de Deus derivam do tetragrama YHWH, como querem afirmar e que os nomes derivados são falsos, logo YHWH é falso também, pois que, como pode ser falso o que procede de fonte verdadeira? Não cremos que os demais nomes de Deus derivam do tetragrama, mas são nomes independentes. E ainda que os demais nomes de Deus se derivassem do tetragrama YHWH, sendo este verdadeiro, lógico que os demais são verdadeiros. Portanto, refutemos tal afirmação que os nomes de Deus e títulos derivam do nome Jeová.

2 – O nome de Deus que Abrão, Isaque e Jacó usaram é אֵל שָדַדיEL-SHADDAY, que significa Deus Todo-Poderoso. O nome verdadeiro de Deus em que Ele revela a si Mesmo aparece em Êx. 3:15 que é `ehyeh, que é: EU SOU AQUELE QUE É. A revelação do nome de Deus, não é apenas uma verdade teológica, mas é um apelo a resposta de fé da parte de Moisés, do povo de Israel e, consequentemente nossa também. Jeová não está tão interessado que O chamemos pelo nome verdadeiro, mas que creiamos em seu Filho, Cristo Jesus que Ele nos enviou como o Único salvador dos homens, que o obedecemos de coração e tenhamos comunhão com Ele através do Único mediador entre Jeová e os homens. O tetragrama, YHWH, significa Senhor. Sem dúvida, um dos nomes ou títulos dado a Deus e é respeitado, tanto que os israelitas resistiram pronunciar esse nome posteriormente, com medo de tomarem o nome de Deus em vão, Êx. 20:7. Mas isso não garante por si só a exclusividade de chamarmos Deus só pelo nome de Jeová. Diz Cole, (1981), p. 68 (12), que podemos pronunciar o nome de Deus como quisermos, Senhor, Jeová, Javé, Yavé, El, Elohim ou Deus. Não estamos errados e não há nenhuma heresia em tal prática. Moisés a partir do momento que Javé lhe apareceu no Monte Horebe, passou usar o novo nome de Deus que a ele foi revelado, Êx. 4:24, que em hebraico é: `ehyeh `aser `ehyeh, - EU SOU O QUE SOU, que tem ligação com YHWH, “Eu Sou Aquele que é”, “Eu Sou Incomparável”. O nome de Deus revelado a Moisés, no Monte Horebe, que não tem uma tradução exata, que significa ‘“Serei entendido apenas através de Meus atos de salvação e minha revelação subsequentes’? Este sentido parece se ajustar ao padrão bíblico, pois em toda a história israelita subsequente Deus viria a ser conhecido como Aquele que tirou a Israel do Egito (20:21)”, (COLE, 1981, P. 67) (13). Logo, sé é o novo nome de Iavé, lógico que havia um nome para o Senhor anterior. E qual era? Era El e Elohim. Em Êx. 5:3, Moisés se refere ao nome de Jeová como sendo El-Shadday, o Todo-Pederoso, o Todo-Suficiente, o nome antigo que era usado na Mesopotâmia, enquanto YHWH não o era conhecido pelos patriarcas, nem usado por eles. O nome YHWH foi usado a partir de Moisés. Portanto, esse nome poderia até existir, mas não era comum para o povo escolhido de Deus. Como foi Moisés quem recebeu a revelação de Jeová para escrever, foi ele quem escreveu os livros de Gênesis a Deuteronômio, logo, ele usou o nome para Deus que ele quis, YHWH. Como o “Y”, no hebraico, tem som e funciona como “J”, logo, YHWH pode ser lido ou pronunciado como Javé também.

3 – Tudo o que temos de revelação e os nomes de El, Elohim e Javé, foram revelados ao povo do Senhor, os israelitas e seus ascendentes. O povo israelita, porém, não tivera receio e dificuldades de chamar Deus de Jeová raphah, Jeová jireh, Jeová nissi, Jeová shamá, Senhor dos Exércitos, Todo-Poderoso, Jeová, Elohim, El e El-Shadday. Agora vem as seitas dizendo que só podemos chamar Deus de Jeová, milênios depois afirmando que os nomes de Deus e títulos derivaram da palavra Jeová. Entendemos que chamarmos alguém pelo o seu nome é uma forma de respeito, sim; mas entendemos também que é preciso levar a pessoa que possui o nome muito mais a sério do que o seu nome. De igual modo, chamarmos Deus pelo seu nome, que pode ser Jeová, El ou Elohim é uma forma de respeito também; todavia, entendemos que precisamos levar a pessoa de Deus e sua vontade muito, mais muito mais à sério do que o seu nome. Se isso não for mais importante, o que será então? Revelação por revelação, se o Senhor revelou a Moisés o seu nome YHWH, o mesmo YHWH revelou o seu nome EL no início a Adão, a Sete, a Enos, a Enoque, a Lameque, a Noé e a Abrão até chagar a Moisés. Portanto, passando de geração a geração o seu nome EL. Apegar-se a detalhes minuciosos, da lei de Deus escrita, é coisa de fariseus, que eram tão minuciosos que esqueceram do espírito e a essência da mesma, à ponto de criarem mais de 600 mandamentos para cumprirem a Lei do Senhor. Os discípulos foram advertidos por Jesus contra os fariseus e seu fermento, "E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus", (Mateus 16:6). E em (Mateus 16:12), Jesus diz: "Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus". Para uma melhor visão de como Jesus via os fariseus, leia Mateus 23. Os fariseus estavam muito, mais muito longe do que Jeová queria deles. A Igreja Católica quando se preocupou mais com os detalhes do que viver o espírito e a essência dos ensinamentos bíblicos, discutindo quantos anjos pousariam na cabeça de um alfinete, ela continuou descambando para as grandes heresias, para a prática de uma violência brutal, a cassa dos que ela considerava hereges e bruxos, produzindo uma teologia barata, uma vida cristã vazia e se tornando uma ameaça perigosa para a sociedade da Idade Média. Não será o caso das seitas hoje que se prendem a detalhes e esquecem a essência do Evangelho de Cristo? Qual é mais importante: O nome de Deus ou o Deus do nome, não importando qual nome? Qual é mais importante: Ensinar sobre o nome de Deus, ou sobre a salvação que Jesus Cristo nos trouxe? Você escolhe qual é mais importante! Algumas seitas, escolheram o nome como mais importante, em detrimento a Pessoa de Deus. Contra os fariseus do Antigo Testamento, que Iavé diz em (Os. 6:6) “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos”. Conhecimento aqui tem a conotação de relacionamento íntimo, não conhecimento teórico e histérico. Jesus Cristo asseverou em (Mat. 9:13), “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”. E em (Mat. 13:7) “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes”. A seita citada acima, condena todos os que não chamam Deus de Jeová como não salvos e que estão servindo um Deus falso. Não usam de misericórdia para com os seus fiéis que começam discordar dos ensinamentos da seita, trucidando-os ao desprezo e isolamento como forma de punição.

Concluímos, pois que, o que Harris, (2008), p. 348 e Cole, (1981), p. 68, já citados acima, deixam claro, é que os nomes ou títulos como EL, YHWH OU ELOHIM tem a mesma importância e peso quanto ao nome de Deus. Chamar Deus de Deus, de Jeová, de Javé, de El, de El-Shadday e etc, não traz nenhuma implicação para a fé, para a doutrina, para a teologia e para a salvação. As seitas dão essa preferência pelo tetragrama YHWH - Jeová, por uma escolha pessoal e gosto próprio, para forçar uma base para o que elas afirmam e para vindicarem uma suposta diferença superior as religiões. Mas tal escolha ou exclusividade de nome não resiste uma análise crítica do conteúdo bíblico, textual, gramatical e teológica como vimos acima. Os testemunhas de Jeová, causam toda essa confusão, porque não aceitam as verdades bíblicas. Eles distorcem a tradução e a interpretação bíblica, isolando textos do contexto para darem sentidos espúrios as Escrituras, como vimos acima, para negarem quatro verdades bíblicas e teológicas que nem sempre as pessoas percebem. Primeira: Negam que Jesus Cristo é Jeová, o Próprio Deus encarnado; e que não é salvador Único de todos os homens. Segunda: Negam que o Espírito Santo é o Próprio Deus e que é uma pessoa. Eles afirmam que o Espírito Santo é apenas uma força agindo no universo. Terceira: Que não existe Inferno, porque ninguém será condenado no juízo final. Todos serão absolvidos. E Quarta verdade negada por elas: Que não haverá Céu em uma dimensão além. Afirmam que o Céu é aqui mesmo. Que a terra passará por uma purificação pelo fogo e todos viverão aqui eternamente, em plena paz entre os homens e os homens com os animais. São causadores dessa confusão quanto ao nome de Deus e distorções na tradução da Bíblia Novo Mundo, da Sociedade Torre de Vigia. Daí que é difícil aceitar que são realmente Testemunhas de Jeová, visto que o Deus-Jeová não é Deus de confusão, “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos”, I Coríntios 14:33! Fica ai a nossa contribuição para a sua apreciação.

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS


1 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p. p. 69.

2 – Idem, p. 69-70.

3 – Idem, p. 68-73.

4 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p. p. 2.

5 – Idem, p. 65.

6 – Idem, p. 65-66.

7 – Idem, p. 2

8 – Marcelo Berti

Disponível em: https://marceloberti.wordpress.com/2011/11/26/como-assim-outras-coisas/

Acessado em: 26/06/2017.

9 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p. p. 9.

10 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p, p. 345-347.

11 – Idem, p. 348.

12 – COLE, R. Alan. Êxodo – Introdução e Comentário. Trad. de Carlos Oswaldo Pinto. Ed. Editoras Mundo Cristão e Vida Nova, São Paulo, 1972, 231 p. p. 68.

13 – Idem, p. 67.

BIBLIOGRAFIA


1 – COLE, R. Alan. Êxodo – Introdução e Comentário. Trad. de Carlos Oswaldo Pinto. Ed? Editoras Mundo Cristão e Vida Nova, São Paulo, 1972, 231 p.

2 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p.

3 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

4 – Marcelo Berti

Disponível em: https://marceloberti.wordpress.com/2011/11/26/como-assim-outras-coisas/

Acessado em: 26/06/2017.