O Dom Maior

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BEM VINDO(A)

2017-07-04

OS VERDADEIROS NOMES DE DEUS


OS NOMES VERDADEIROS DE DEUS
Pastor Flávio da Cunha Guimarães

Um post para aqueles que querem subsídios apologéticos para o enfrentamentos quanto as seitas que reivindicam a exclusividade quanto a um só nome de Deus, que é Jeová, e é este o único nome verdadeiro.

INTRODUÇÃO:

O objetivo deste post, em primeiro lugar: É desmistificar a questão do nome de Deus e responder as perguntas a seguir. Afinal, Deus tem um só nome? Tem mais do que um nome? Qual é ou quais são os nomes verdadeiros de Deus? Só pode ser chamado ou tratado por um único nome? Se tem um só nome, qual é? Acarreta em erro, em pecado ou em heresia chamar Deus de Deus? As seitas estão certas ao afirmarem que Deus só tem um nome verdadeiro? O que a Bíblia diz sobre o nome de Deus? As religiões que não invocam Deus como Jeová, estão incorrendo em erro grave, em heresia e professando a fé falsa? Quem não invoca pelo o nome de Jeová, mas sim Deus, está invocando um Deus falso?

O objetivo em segundo lugar: É fazer apologia dos verdadeiros nomes de Deus, revelados nas Escrituras, em face as seitas que insistem em afirmar que Deus só pode ser chamado de Jeová, porque creem que esse é o único nome verdadeiro de Deus. Grupos esses, que têm travado um debate acirrado, tanto na internet como pessoalmente, alegando que o nome de Deus a ser pronunciado tem que ser o tetragrama, YHWH – Jeová, que os demais nomes e títulos de DEUS, derivaram-se deste nome e são falsos, o que é questionável, senão veremos:

1 - OS NOMES DE DEUS SÃO:

1.1 – O nome de Deus na língua hebraica mais antigo é: אֵל El, que significa o Deus forte e Poderoso. O Deus verdadeiro de Israel. Percebe-se que Israel tem “EL” no final, que traz o significa do nome: O que luta com Deus. É o nome de Deus mais antigo que se tem conhecimento. É também o nome pessoal de Deus. Diz Harris, (2008), p. 69 (1), que “hã`el haggãdôl” “o grande El”, o Deus superior a todos os deuses, “(Jr. 32.18; Sl. 77.13 e 95.3); [...] ‘El que faz maravilhas (Sl. 77.14); `el `elim, ‘Deus dos deuses’ (Dn. 11.36); `el `elohê lekol-bãsar, ‘El, o Deus dos espíritos de toda carne’ (Nm 16.22; 27.16)”. El acompanhado de uma outra palavra falará dos atributos de Deus, como Salvador de Israel; Fiel; Santo; Verdadeiro; Todo-Poderoso; Eterno; Onisciente; Onipotente; de Glória; Justo e Zeloso, (HARRIS, 2008, P. 69-70) (2). EL Também é um dos nomes mais usado nas Escrituras Sagradas. El, nas Sagradas Escrituras, tem a intenção de distinguir o verdadeiro Deus dos falsos que tem o mesmo nome que consta em outras culturas. EL é o nome tão completa e tão característico para Jeová como o é ELOHIM e YHWH. Deus se revelou na criação de todas as coisas como אֱלֺהים Elohim, o Deus Criador, (Isaías 45:12; (Apocalipse 4:11). Se revelou como o Deus יֵשׁוּﬠַ Yeshua, o Deus Salvador, na pessoas de seu Filho, Jesus (Mateus 1:21; I Timóteo 1:15). Jesus é divino, santo, poderoso, da mesma essência e com os mesmos atributos como o é Jeová. E se revelou como o Deus רוּהַ rûah, o Deus Espírito, o Consolador, (João 14:16,26; 15:26 e João 16:7), a Trindade de Jeová o que não querem reconhecer, o que discutiremos abaixo.

1.2 – O primeiro nome de DEUS que aparece na Bíblia, em (Gênesis 1:1), é אֱלֺהים `elohim, o nome de Deus no plural, que manifesta a Trindade e a totalidade da Divindade. Este nome de DEUS é citado na Bíblia 2.570 vezes. Foi através deste nome que o povo de Deus, Israel, O conheceu. O nome quer dizer que Deus é o criador de todas as coisas e manifesta a Trindade divina. É assim que as Escrituras se referem a Deus, (HARRIS, 2008, P. 68-73 (3). Nos três primeiros capítulos de Gênesis aparecem os três nomes principais e mais importantes de Deus. Em Gênesis 1:1 aparece Elohim. Em Gênesis 3:8. Diz Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 2 (4), que os “Testemunhas de Jeová [...] Negam a doutrina bíblica da Trindade, procurando enfraquecer o conceito de pluralidade presente na forma Elohim – plural de Eloah (Deus, na língua hebraica). [...] RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus é apresentado pela primeira vez na Bíblia com o nome hebraico Elohim. Em Gênesis 1.1, o verbo está no singular (criou) e o sujeito no plural (Deus). Elohim é a forma de Eloah, mas o significado é o mesmo: Deus. Quando analisamos o contexto bíblico (1.26; 2.22; 11.7), podemos compreender a unidade composta de Deus na Trindade, ou seja, um único Deus eternamente subsistente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Embora o nome Elohim, por si só, não prova a unidade composta, o contexto, porém, apoia a unidade de Deus: ‘façamos... nossa’ (1.26,27); ‘eis que o homem é como um de nós’ (3.22); ‘desçamos e confundamos’ (11.7. v. tb. 1.26,27)”.

Em Êxodo 3:14 encontra-se a resposta de Deus a pergunta de Moisés: “Qual é o seu nome?” E Deus responde: “EU SOU O QUE SOU”. Ele não respondeu ser Jeová, o que os Testemunhas de Jeová querem que Ele seja chamado. Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 65 (5), diz que: A “Tradução do Novo Mundo traz: ‘Mostrarei Ser’. E, em João 8:58: ‘eu tenho sido’. Seu objetivo, com isso, evidentemente, é inferiorizar Jesus, negando ao Filho de Deus a divindade que lhe é devida. Dessa forma, tal tradução evita a associação natural entre o EU SOU, da referência em estudo, e o EU SOU, do evangelho de João. RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto da Tradução do Novo Mundo não corresponde ao original bíblico, mas atende unicamente ao propósito da Sociedade Torre de Vigia: negar a divindade de Jesus Cristo. Nas palavras de Jesus, em João 8:58, o Senhor repete, a respeito de si mesmo, o nome de Deus revelado a Moisés, conforme a referência em estudo. Os judeus que ouviram Jesus pronunciar essas palavras entenderam a identificação e, por isso, pegaram em pedras para atirar nele. Queriam condená-lo por blasfêmia por ter pronunciado o nome de Deus (coisa que eles, em hipótese alguma, faziam). Mas Jesus preferiu o santo nome de Deus em referência a si mesmo: ‘Antes que Abraão existisse, EU SOU’. Como se não bastasse, a edição anotada da Tradução do Novo Mundo (com referências de 1986, p.84) afirma que a locução grega Ego eimi ho on significa: ‘Eu sou o Ser’ ou ‘Eu sou o Existente’. Mas em João 1.18 a mesma expressão (ho on) é empregada para definir a relação que há entre o Deus Pai e o Deus unigênito, Jesus Cristo. Tal tradução, elaborada pela Sociedade Torre de Vigia, deve ser rejeitada, porque adultera o texto bíblico com o único objetivo de dissociar Jesus da unidade divina e classificá-lo como mero representante de Jeová Deus”, EL.

Em Êx. 3:15 Deus diz a Moisés: “Este é meu nome eternamente”. Esta afirmativa de Deus a Moisés levou os Testemunhas de Jeová a usarem, afirma Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 65-66 o seguinte: “este versículo para argumentar(em) que são as únicas pessoas que adoram o verdadeiro Deus, uma vez que somente elas chamam Deus de Jeová. Para essa seita, quem chama Deus de Deus ou Senhor pode estar chamando ou orando a um deus falso. Se alguém deseja falar com o Deus verdadeiro, segundo afirmam, deve chamá-lo pelo nome de Jeová. RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esse entendimento só surgiu em 1931, quando os adeptos dessa seita adotaram o nome organizacional de Testemunhas de Jeová, indicando, como base bíblica para isso, Isaías 43.10. Antes, afirmavam: ‘O nome Deus quer dizer o Altíssimo, o Criador de todas as coisas. O nome Jeová significa os propósitos do Eterno para com suas criaturas. O nome deus Todo-Poderoso quer dizer que o seu poder é ilimitado. O nome altíssimo dá a entender que Ele é o Supremo e que além dele não existe nenhum outro. E o nome Pai quer dizer que Ele é o doador da vida’. O senhor Jesus nunca iniciou suas orações dizendo: ‘Deus Jeová’ ou ‘Jeová Deus’, mas: ‘Pai’ (Mt 11.25; 26.39-42; Lc 10.21; 22.42; 23.34-46; Jo 11.41; 12.27,28; 17.1-26)” (6).

Em Gênesis 1.2 onde lemos [...] “E o Espírito de Deus [...]”, diante deste texto os Testemunhas de Jeová usam em sua versão bíblica, afirma Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 2, que “A Tradução do Novo Mundo (versão da Bíblia das Testemunhas de Jeová), para negar a personalidade do Espírito Santo, traz ‘força ativa de Deus’, em lugar de ‘Espírito Santo’. Em todas as passagens da TNM (Tradução Novo Mundo, entre parênteses, grifo meu), o nome Espírito Santo de Deus é grafado com iniciais maiúsculas (Cf. Mt. 4:1-3). RESPOSTA APOLOGÉRTICA: a palavra hebraica para espírito (ruach) aparece 377 vezes no Antigo Testamento. Em 100 ocorrências é traduzida como Espírito de Deus e, nas demais, espírito do homem, vento, respiração e sopro. Assim, pelo fato de a palavra ruach ter vários significados, a Sociedade Torre de Vigia (organização que publica a Tradução do Novo Mundo) se apropria da palavra, atribuindo-lhe o significado mais conveniente à sua convicção doutrinária. A Bíblia, contudo, traz evidente e diversas referências aos atributos do Espírito Santo (Jo 15;26; At 5.3,4; 13.2; 16.6,7; Rm 8.26,27; 1Co 6.19)”, (7).

A afirmação de Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, encontra apoio em Marcelo Berti, em seu Blog “Teologando”, “Como assim [outras] coisas?” Seria bom que o leitor consultasse tal post. Em que escreve sobre as Traduções do Novo Mundo, das Testemunha de Jeová, em que eles alteram a tradução para dar suporte ao que querem afirmar doutrinariamente sobre Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo. O que um ex-testemunha de Jeová, Fernando Galli faz o seguinte comentário dizendo: “Muito bom, Pr. Marcelo! É simples: O corpo governante das TJs adapta sua TNM (Tradução Novo Mundo, grifo nosso) às suas crenças. Quando fui TJ, conheci “peritos” em grego das TJs, em Cesário Lange. Eram dois: Eric Katner e Fred Willians. Ambos me disseram: Acrescentamos “outras” por ser uma tradução interpretativa, uma paráfrase, que não se choca com a verdade da criação do próprio Jesus” (mais ou menos isso)” (8).

Em Gênesis 1:26-27, lemos: “Façamos o homem à nossa imagem”. Diante desta afirmação, os testemunhas de Jeová, segundo Fonseca, Bíblia Apologética de Estudos, (2005), p. 3: “Declaram que o verbo ‘façamos’ (1ª pessoa do plural, ‘nós’) e o respectivo pronome possessivo ‘nossa’ (também 1ª pessoa do plural) deveriam ser interpretados como sendo o Criador falando ao mestre-de-obras, Jesus. Declaram, ainda, que a pluralidade se refere à majestade. O propósito desta interpretação é negar a doutrina bíblica da Trindade. RESPOSTA APOLOGÉTICA: A doutrina cristã da Trindade é biblicamente explicada pelos seguintes fundamentos: a.) Há um só Deus (Dt. 6.4; Is. 43.10; 45.5,6) b.) Esse único Deus é uma pluralidade de pessoas (1.26; 3.22. Comparar Is. 61-8 com Jo 12.37-41 e At 28.25); c.) Há três pessoas chamadas de Deus e eternas por natureza: o Pai (2Pe1.17), o Filho (Jo 1.1; 20.28; 1Jo 5.20) e o Espírito Santo (At 5.3,4). As Escrituras atribuem a Jesus a criação de todas as coisas: ‘Sem ele nada do que foi feito se fez’ (Jo 1.3)”, bem como Jo. 1:10 e Col. 1:17 que dizem: “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (9).

1.3 – O tetragrama YHWH - Jeová, sem dúvida é uma palavra hebraica importante quanto ao nome pessoal de Deus, uma das primeiras também, citada biblicamente em um total de 5.321 vezes nas Escrituras; mas isso não garante os grupos afirmarem que é o único nome de Deus na Bíblia e que Deus só pode ser chamado de YAVÉ. Harris, 2008, p. 345-347, depois de discutir vários aspectos da palavra YHWH como derivação, grafia, sufixos, sonorização, significados, nomes de pessoas na Bíblia que correspondem ao nome Iavé, o respeito e reverência que os judeus devotavam em pronunciar o nome de YHWH, bem como o acréscimo das vogais posteriores ao tetragrama YHWH, ele concluiu a dissertação, dizendo que: “O nome de Deus identifica sua natureza, de modo que um pedido para conhecer seu ‘nome’ equivale a uma pergunta sobre seu caráter (Êx 3.13; Os 12.5(6). [...] O nome exato, Iavé, (YHWH) surge quando outros falam dele na terceira pessoa, yahweh, ‘ele é’. O nome “Iavé”, nada mais é do que indicar a natureza de Deus que faz parte do pacto ou do testamento do Senhor para com o seu povo, Êx. 6:2-4; Deut. 7:9 e Is. 26:4, como El e Elohim. Harris, (2008), p. 348 afirma que: “Em Êx 6.3 o Senhor explica a Moisés que não se dera a ‘conhecer’ aos patriarcas pelo seu nome Iavé, querendo dar a ‘conhecer’ (ver yãda´) o sentido mais amplo e profundo da palavra: o nome estava em uso (Gn 12.8; 15.2,7,8) mas não era entendido com o significado redentor que adquirira no tempo de Moisés” (10). Portanto, o nome de Deus através do tetragrama YHWH, revela nada mais do que a proximidade do Senhor, seu cuidado para com os homens e a revelação de sua aliança redentora para com os pecadores. Não existe nome mais importante ou poderoso de Deus para ser usado com exclusividade. Diz Harris, (2008), p. 348 que: “Em Gênesis 1.1 – 2.3, o termo geral `elohîm (q.u), ‘Deus’, ‘divindade’, é apropriado para o Deus transcendente da criação” (11). Logo, entendemos que, no decorrer do Antigo Testamento, os nomes de Deus como Iavé, Elohim e El, são usados de maneira revezados e alternados, por exemplo: Os Salmos de 1 a 41 usa-se Iavé; já os Salmos de 42 a 72 usa-se Elohim, como El em outras partes como vimos acima. Portanto, a revelação dada por El, a Moisés, usava os nomes para Deus “El”, “Elohim” e “Jeová”. E El fora usado desde tempos mais antigos, como o Salmo 19 diz que os Céus proclamam a glória de Deus.

Concluímos estes três pontos, dizendo que, se os demais nomes de Deus derivam do tetragrama YHWH, como querem afirmar e que os nomes derivados são falsos, logo YHWH é falso também, pois que, como pode ser falso o que procede de fonte verdadeira? Não cremos que os demais nomes de Deus derivam do tetragrama, mas são nomes independentes. E ainda que os demais nomes de Deus se derivassem do tetragrama YHWH, sendo este verdadeiro, lógico que os demais são verdadeiros. Portanto, refutemos tal afirmação que os nomes de Deus e títulos derivam do nome Jeová.

2 – O nome de Deus que Abrão, Isaque e Jacó usaram é אֵל שָדַדיEL-SHADDAY, que significa Deus Todo-Poderoso. O nome verdadeiro de Deus em que Ele revela a si Mesmo aparece em Êx. 3:15 que é `ehyeh, que é: EU SOU AQUELE QUE É. A revelação do nome de Deus, não é apenas uma verdade teológica, mas é um apelo a resposta de fé da parte de Moisés, do povo de Israel e, consequentemente nossa também. Jeová não está tão interessado que O chamemos pelo nome verdadeiro, mas que creiamos em seu Filho, Cristo Jesus que Ele nos enviou como o Único salvador dos homens, que o obedecemos de coração e tenhamos comunhão com Ele através do Único mediador entre Jeová e os homens. O tetragrama, YHWH, significa Senhor. Sem dúvida, um dos nomes ou títulos dado a Deus e é respeitado, tanto que os israelitas resistiram pronunciar esse nome posteriormente, com medo de tomarem o nome de Deus em vão, Êx. 20:7. Mas isso não garante por si só a exclusividade de chamarmos Deus só pelo nome de Jeová. Diz Cole, (1981), p. 68 (12), que podemos pronunciar o nome de Deus como quisermos, Senhor, Jeová, Javé, Yavé, El, Elohim ou Deus. Não estamos errados e não há nenhuma heresia em tal prática. Moisés a partir do momento que Javé lhe apareceu no Monte Horebe, passou usar o novo nome de Deus que a ele foi revelado, Êx. 4:24, que em hebraico é: `ehyeh `aser `ehyeh, - EU SOU O QUE SOU, que tem ligação com YHWH, “Eu Sou Aquele que é”, “Eu Sou Incomparável”. O nome de Deus revelado a Moisés, no Monte Horebe, que não tem uma tradução exata, que significa ‘“Serei entendido apenas através de Meus atos de salvação e minha revelação subsequentes’? Este sentido parece se ajustar ao padrão bíblico, pois em toda a história israelita subsequente Deus viria a ser conhecido como Aquele que tirou a Israel do Egito (20:21)”, (COLE, 1981, P. 67) (13). Logo, sé é o novo nome de Iavé, lógico que havia um nome para o Senhor anterior. E qual era? Era El e Elohim. Em Êx. 5:3, Moisés se refere ao nome de Jeová como sendo El-Shadday, o Todo-Pederoso, o Todo-Suficiente, o nome antigo que era usado na Mesopotâmia, enquanto YHWH não o era conhecido pelos patriarcas, nem usado por eles. O nome YHWH foi usado a partir de Moisés. Portanto, esse nome poderia até existir, mas não era comum para o povo escolhido de Deus. Como foi Moisés quem recebeu a revelação de Jeová para escrever, foi ele quem escreveu os livros de Gênesis a Deuteronômio, logo, ele usou o nome para Deus que ele quis, YHWH. Como o “Y”, no hebraico, tem som e funciona como “J”, logo, YHWH pode ser lido ou pronunciado como Javé também.

3 – Tudo o que temos de revelação e os nomes de El, Elohim e Javé, foram revelados ao povo do Senhor, os israelitas e seus ascendentes. O povo israelita, porém, não tivera receio e dificuldades de chamar Deus de Jeová raphah, Jeová jireh, Jeová nissi, Jeová shamá, Senhor dos Exércitos, Todo-Poderoso, Jeová, Elohim, El e El-Shadday. Agora vem as seitas dizendo que só podemos chamar Deus de Jeová, milênios depois afirmando que os nomes de Deus e títulos derivaram da palavra Jeová. Entendemos que chamarmos alguém pelo o seu nome é uma forma de respeito, sim; mas entendemos também que é preciso levar a pessoa que possui o nome muito mais a sério do que o seu nome. De igual modo, chamarmos Deus pelo seu nome, que pode ser Jeová, El ou Elohim é uma forma de respeito também; todavia, entendemos que precisamos levar a pessoa de Deus e sua vontade muito, mais muito mais à sério do que o seu nome. Se isso não for mais importante, o que será então? Revelação por revelação, se o Senhor revelou a Moisés o seu nome YHWH, o mesmo YHWH revelou o seu nome EL no início a Adão, a Sete, a Enos, a Enoque, a Lameque, a Noé e a Abrão até chagar a Moisés. Portanto, passando de geração a geração o seu nome EL. Apegar-se a detalhes minuciosos, da lei de Deus escrita, é coisa de fariseus, que eram tão minuciosos que esqueceram do espírito e a essência da mesma, à ponto de criarem mais de 600 mandamentos para cumprirem a Lei do Senhor. Os discípulos foram advertidos por Jesus contra os fariseus e seu fermento, "E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus", (Mateus 16:6). E em (Mateus 16:12), Jesus diz: "Então compreenderam que não dissera que se guardassem do fermento do pão, mas da doutrina dos fariseus". Para uma melhor visão de como Jesus via os fariseus, leia Mateus 23. Os fariseus estavam muito, mais muito longe do que Jeová queria deles. A Igreja Católica quando se preocupou mais com os detalhes do que viver o espírito e a essência dos ensinamentos bíblicos, discutindo quantos anjos pousariam na cabeça de um alfinete, ela continuou descambando para as grandes heresias, para a prática de uma violência brutal, a cassa dos que ela considerava hereges e bruxos, produzindo uma teologia barata, uma vida cristã vazia e se tornando uma ameaça perigosa para a sociedade da Idade Média. Não será o caso das seitas hoje que se prendem a detalhes e esquecem a essência do Evangelho de Cristo? Qual é mais importante: O nome de Deus ou o Deus do nome, não importando qual nome? Qual é mais importante: Ensinar sobre o nome de Deus, ou sobre a salvação que Jesus Cristo nos trouxe? Você escolhe qual é mais importante! Algumas seitas, escolheram o nome como mais importante, em detrimento a Pessoa de Deus. Contra os fariseus do Antigo Testamento, que Iavé diz em (Os. 6:6) “Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos”. Conhecimento aqui tem a conotação de relacionamento íntimo, não conhecimento teórico e histérico. Jesus Cristo asseverou em (Mat. 9:13), “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”. E em (Mat. 13:7) “Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes”. A seita citada acima, condena todos os que não chamam Deus de Jeová como não salvos e que estão servindo um Deus falso. Não usam de misericórdia para com os seus fiéis que começam discordar dos ensinamentos da seita, trucidando-os ao desprezo e isolamento como forma de punição.

Concluímos, pois que, o que Harris, (2008), p. 348 e Cole, (1981), p. 68, já citados acima, deixam claro, é que os nomes ou títulos como EL, YHWH OU ELOHIM tem a mesma importância e peso quanto ao nome de Deus. Chamar Deus de Deus, de Jeová, de Javé, de El, de El-Shadday e etc, não traz nenhuma implicação para a fé, para a doutrina, para a teologia e para a salvação. As seitas dão essa preferência pelo tetragrama YHWH - Jeová, por uma escolha pessoal e gosto próprio, para forçar uma base para o que elas afirmam e para vindicarem uma suposta diferença superior as religiões. Mas tal escolha ou exclusividade de nome não resiste uma análise crítica do conteúdo bíblico, textual, gramatical e teológica como vimos acima. Os testemunhas de Jeová, causam toda essa confusão, porque não aceitam as verdades bíblicas. Eles distorcem a tradução e a interpretação bíblica, isolando textos do contexto para darem sentidos espúrios as Escrituras, como vimos acima, para negarem quatro verdades bíblicas e teológicas que nem sempre as pessoas percebem. Primeira: Negam que Jesus Cristo é Jeová, o Próprio Deus encarnado; e que não é salvador Único de todos os homens. Segunda: Negam que o Espírito Santo é o Próprio Deus e que é uma pessoa. Eles afirmam que o Espírito Santo é apenas uma força agindo no universo. Terceira: Que não existe Inferno, porque ninguém será condenado no juízo final. Todos serão absolvidos. E Quarta verdade negada por elas: Que não haverá Céu em uma dimensão além. Afirmam que o Céu é aqui mesmo. Que a terra passará por uma purificação pelo fogo e todos viverão aqui eternamente, em plena paz entre os homens e os homens com os animais. São causadores dessa confusão quanto ao nome de Deus e distorções na tradução da Bíblia Novo Mundo, da Sociedade Torre de Vigia. Daí que é difícil aceitar que são realmente Testemunhas de Jeová, visto que o Deus-Jeová não é Deus de confusão, “Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos”, I Coríntios 14:33! Fica ai a nossa contribuição para a sua apreciação.

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS


1 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p. p. 69.

2 – Idem, p. 69-70.

3 – Idem, p. 68-73.

4 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p. p. 2.

5 – Idem, p. 65.

6 – Idem, p. 65-66.

7 – Idem, p. 2

8 – Marcelo Berti

Disponível em: https://marceloberti.wordpress.com/2011/11/26/como-assim-outras-coisas/

Acessado em: 26/06/2017.

9 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p. p. 9.

10 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p, p. 345-347.

11 – Idem, p. 348.

12 – COLE, R. Alan. Êxodo – Introdução e Comentário. Trad. de Carlos Oswaldo Pinto. Ed. Editoras Mundo Cristão e Vida Nova, São Paulo, 1972, 231 p. p. 68.

13 – Idem, p. 67.

BIBLIOGRAFIA


1 – COLE, R. Alan. Êxodo – Introdução e Comentário. Trad. de Carlos Oswaldo Pinto. Ed? Editoras Mundo Cristão e Vida Nova, São Paulo, 1972, 231 p.

2 – FONSECA, Antônio e Jamierson Oliveira. Bíblia Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí/SP, Editora Instituto Cristão de Pesquisa, 2005, 1657 p.

3 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

4 – Marcelo Berti

Disponível em: https://marceloberti.wordpress.com/2011/11/26/como-assim-outras-coisas/

Acessado em: 26/06/2017.

2016-11-22

OS MORTOS SE COMUNICAM COM OS VIVOS?


OS MORTOS SE COMUNICAM COM OS VIVOS?
I Sam. 28:3-22

Autor: Pr Flávio da Cunha Guimarães

TEXTO BÍBLICO DIFÍCIL DE INTERPRETAÇÃO
Imagem do Google. Disponível em:https://www.google.com.br/search?q=imagens+gratis+de+covas+de+cemiterio&newwindow=1&espv=2&biw=1517&bih=654&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjD6f6LlL3QAhUFkJAKHXyzDoQQ7AkIWA&dpr=0.9. Acessada em: 22/11/2016

Difícil de ser interpretado, visto que, se trata da suposta comunicação entre mortos e vivos, vivos e mortos. Afinal de conta, há comunicação entre os mortos e vivos? Se há, como se dá essa comunicação? Se não há comunicação, os médiuns, pais e mães de santos se comunicam com quem? Seria uma farsa? Seriam enganados por espíritos malignos para enganarem os que os procuram? Para os espíritas kardecistas, kibamdistas, umbandistas, macumbeiros e até mesmo para alguns teólogos cristãos, afirmam que é possível a suposta comunicação entre os mortos e os vivos. Já para os teólogos cristãos mais conservadores e das igrejas históricas, afirmam que não há possibilidade de comunicação, o que veremos as duas vertentes neste post. E o que a Bíblia diz sobre tal assunto? Antes de respondermos tais perguntas e considerações dos dois pontos de vistas, vamos fazer uma exposição do texto, em estudo, para depois abordamos com detalhes as duas linhas de interpretações, seus argumentos e darmos o nosso parecer.

Começando com o (V.3), diz que Samuel estava morto, morte esta que é relatada em (I Sam. 25:1). A língua hebraica em (גׇּוַע - gãwa´), Harris, 2008, p. 254 (1) afirma que Samuel estava morto literalmente. Samuel significa “Ouvir de Deus ou Nome de Deus”. Ele fora profeta, sacerdote, juiz e governador de Israel. Exerceu as quatro funções, as mesmas que o Senhor Jesus Cristo exerce. Foi Ele quem ungiu o rei Saul, mas o reprovou como tal, mandado pelo o Senhor Jeová, após a desobediência do rei a Deus e ungiu a Davi, como o Senhor Todo Poderoso ordenou, como rei sucessor de Saul. Samuel fora conselheiro espiritual do rei Saul. Isso explica, mas não justifica, a atitude do rei em recorrer a uma médium, ou como algumas versões bíblicas chamam-na de Pitonisa, para trazer o espírito de Samuel dentre os mortos para aconselhá-lo quanto a guerra contra os filisteus. Todavia, tal atitude do rei Saul contrariava o que o próprio rei havia feito antes. Contrariava as convicções de Samuel. A própria Bíblia e o Próprio Deus como vemos em (Lev. 19:31; 20:6,27; Deut. 18:11). O rei havia mandado exterminar todos os feiticeiros ou médiuns da terra de Israel baseado na Lei mosaica, como vemos em (I Sam. 28:3,9). Isso caracteriza o quanto o rei era inconstante, explica o seu caráter, loucura e a sua contradição em suas atitudes, mas não justifica tal iniciativa do rei. O que parece ser tão comum ainda em nossos dias quando se trata de alguns seguimentos de nossa sociedade, a começar pelos políticos, pastores e religiosos, incoerência é o que não falta nas lideranças e nas pessoas em geral!

DIANTE DA GUERRA IMINENTE

Diante de uma guerra iminente, dizem os (V.4-5) que o rei estava com medo e seu coração estremeceu. O medo era tão grande que ficou em uma situação angustiante e o coração tremia com taquicardia. O comportamento do rei foi totalmente diferente de quando andava na presença de Deus, pois era um homem de grande coragem como relata (I Sam. 11:6-11). Por que o rei Saul teve tanto medo? O homem com medo já está derrotado antes da derrota. O medo não era só devido ao exército inimigo, mas principalmente porque se achava sem o Espírito de Deus, (I Sam. 16:14). O Espírito do Senhor se retirou dele, além do peso de consciência em reconhecer os pecados cometidos, não só contra Deus, mas também contra Davi, querendo mata-lo. Saul sem o amparo espiritual do Senhor e sem os conselhos de Samuel, resolve consultar a Deus, (V.6), mas o Senhor Deus não o respondeu nem por sonhos, nem por Urim, nem por Tumim e nem pelos profetas. (Quanto a não responder por sonhos, Urim, Tumim e profetas, escreveremos um post específico para tratarmos desse tema). A situação de Saul era claramente embaraçosa diante do silêncio de Deus. Qualquer pessoa deveria ficar estremecida diante do silêncio do Senhor Deus. O silêncio de Deus para com Saul era porque Saul já havia desprezado os preceitos do Senhor e abandonado Deus. Já havia afastado o Senhor de seu coração, de sua vida e de seus projetos, muito antes desse episódio mediante as suas desobediências e precipitação. O que não tem sido diferente nos dias atuais. A maioria das pessoas ignoram a existência de Deus e que Ele está no comando de tudo. As pessoas querem governar as suas próprias vidas, em seu egocentrismo, individualismo e ignorando a todos, inclusive o Senhor Deus, sem dar satisfação a ninguém e muito menos a Jeová, sem saberem que no juízo final darão satisfação ao Senhor, querendo ou não em que poderá resultar em uma condenação eterna.

O SILÊNCIO DE DEUS

Por que Deus estava em silêncio em relação a Saul? Deus tem prazer em responder a todos os que O buscam? Nem sempre! Deus não responde quando o homem está sendo julgado por Ele, que era o caso de Saul. O rei Saul rejeitou e estava rejeitando a vontade do Senhor revelada anteriormente a ele pelo próprio Samuel. Já que Saul não se importou em obedecer a Deus no que já sabia, o Senhor não estava disposto a dar-lhe mais conhecimento, visto que não valorizava-o. O rei já sabia da vontade de Deus que não queria que ele perseguisse e matasse a Davi como ele estava obstinado, (I Sam. 24:16-20; 26:21). O rei desconsiderou o que sabia sobre à vontade de Deus quanto a ele e a Davi. Se queremos Deus nos guiando, devemos seguir a orientação que Ele nos dá. David Guzik diz que: “Quando rejeitamos a Palavra do Senhor, ainda podemos ser confortados pelo fato de que Ele está nos falando. À medida que continuamos a rejeitar a Sua Palavra, Ele deixará de falar conosco-e perderemos até esse conforto” (2), (tradução do Google). Diante do medo, (V.5), da ansiedade, da angústia e do silêncio de Deus, o rei Saul solicitou que o indicasse uma médium (V.7); médium essa que tinha influência Cananéia, com certeza, para trazer o espírito de Samuel para se aconselhar com ele. Saul com tal atitude demonstrou ser um homem fraco, um tanto louco, mau e que ponto chegou por causa de seu desespero e angústia. Assim ele pecou tanto, ao ponto de abandonar o Senhor, e o Deus Todo Poderoso silenciou-se para com ele.

O TÉRMINO DE UMA ERA

Com a morte de Samuel, o profeta-sacerdote terminou uma era espiritual elevada do povo de Deus. Espiritualidade avançada e elevada como resultado de uma vida do próprio Samuel com Deus. De excelência moral, de justiça, de fidelidade aos preceitos do Senhor. Com a confirmação e a reafirmação dos pactos com Deus. Uma nação sólida espiritual, material e em segurança. Um período de paz, se não total, pelo menos mais paz do que em outros períodos, como resultado dessa vida com Deus. Os Inimigos foram vencidos e subjugados no tempo de Samuel. Com a morte de Samuel, o grande líder em todos os sentidos, o povo descambou para a idolatria e a imoralidade. Saul que havia expulsado os bruxos, os feiticeiros, os encantadores, os mágicos e matando-os, não por convicção que tinha com Deus, mas por orientação espiritual de Samuel como seu conselheiro, ao final de seu reinado vai buscar ajuda exatamente a uma pitonisa ou médium. Pitonisa não é o nome da mulher que o rei Saul procurou, mas a função ou a profissão que ela exercia. Mulher supostamente adivinhadora das coisas relativas aos mortos. Júnior, (1961), Dicionário Bíblico, p. 94, diz que En-Dor é o nome de uma cidade da tribo de Manassés, onde ela morava o que (Jos. 17:11) relata, que significa no hebraico fonte de dor, (3). O que é e que ponto chega a vida daqueles que não tem uma profunda experiência com Deus? Os medianitas e os filisteus mediante a permissão de Deus se levantaram contra Saul e seu exército para guerrearem. Saul por não cumprir ordens de Deus dada por Samuel, em (I Sam. 15:22-23) em relação aos amalequitas, foi desqualificado e reprovado para a função, daí o medo tomou conta de seu coração (I Sam. 28:5); Angustiado (I Sam. 28:15), Perturbado (I Sam. 28:21) e sabendo que perderia a guerra, recorre e vai em busca de resposta por meios reprovados por Samuel, pela Palavra do Senhor e pelo o Senhor Deus, ao encontro com uma feiticeira que exercia a função de necromancia. Isso demonstra o desespero de um rei sem Deus. O que não é diferente em nossos dias. Quantas pessoas sem Deus e desesperadas, diante de um relacionamento conjugal precipitado, manchado por traições e vinganças, sem a aprovação de Iavé, e, portanto em crise. Diante de ente queridos mergulhados nos vícios, nas drogas, na bebida e na criminalidade, tem procurado ajuda em meios mais perigosos que se possa imaginar. Quando o meio mais seguro, para qualquer pessoa, é uma vida com o Senhor, o que o rei Saul não buscou e é o que a maioria hoje não o faz!

O QUE É NECROMANCIA?

Necromancia é o mesmo que médium, Piton, no masculino mago, adivinho; e Pitonisa no feminino. D’Agustini diz que, “Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado de Pítio, quer por haver matado a serpente-dragão Píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito. A Pitonisa era a sacerdotisa do oráculo de Delfos” (4). Existe a ideia também defendida por Champlin que Piton era uma divindade solar do Egito antigo como centro religioso da cidade armazém do mesmo nome que os hebreus reconstruíram no tempo de Ramsés (5). Não importa a origem do nome se é grego e egípcio, mas o significado. Pitonosa é a pessoa que pretende evocar os mortos para deles obter o conhecimento do futuro, que no grego é (νεκρός – nekrós) “Corpo morto, sem vida” e μαντεύομαι - (manteúomai) “Adivinho, vidente, revelar” (6). Necromancia, portanto, é a suposta arte de adivinhar e querer prever pela invocação dos mortos; o que é condenado por Deus nos textos seguintes: (Deut. 18:9-12; II Reis 21:6; I Cron. 10:13; Is. 8:19; Is. 19:3-4). A Palavra hebraica (נׇחַשׁ – nãhash), fala de Adivinhação, ler sorte, encantamento, feitiçaria, presságio, agoureiro e ocultismo (7), o que Deus proíbe tal prática conforme, (Lev. 19:26). Práticas essas condenadas também em (II Reis. 17:17; 21:6; II Cron. 33:6; Deut. 18:10). As palavras hebraicas (קׇסַם – qãsam), que denota a prática da adivinhação, da feitiçaria era tratada com desdém em (Deut. 18:10,14; Num. 22:7; 23:23; Jos. 13:22) e em (Is. 44:25), e os adivinhos recebiam a maldição divina. Já a palavra hebraica (קֶסֶם - qesem), que significa adivinhar ao atirar flechas ao chão, consultar os terafins e as imagens dos antepassados mortos que são reprovadas pelo o Senhor conforme os textos acima e também em (Ez. 21:21-22, 27-28). Práticas essas que em (I Sam. 15:22-23), usando a palavra hebraica (קֶסֶם – qesem) é pecado grave para Deus (8).

FUNÇÕES E ENTIDADES CO-RELACIONADAS A NECROMANCIA

As palavras a seguir, como (1) – MEDIUNIDADE está relacionada ao espiritismo e quer afirmar que a pessoa pode servir de intermediária entre os vivos e os espíritos dos mortos. Que invoca os espíritos familiares, o que Deus condena em (Deut. 18:11; I Sm. 28:3-9; I Cron. 10:13; II Rs. 21:6; Is. 8:19). (2) – FEITICEIRO é aquela pessoa que pratica a bruxaria, o que faz feitiços, mago, encantador e sedutor. Que usa objetos, amuletos, material adorado como ídolo pelos selvagens e ignorantes. Deus condena a prática da feitiçaria também em (Ex. 22:18; Ap. 22:15). (3) – BRUXO é o mesmo que mago. A pessoa que faz bruxaria e é mandingueiro. (4) – PAI OU MÃE DE SANTOS é o chefe, a chefe do terreiro de candomblé ou de macumbaria que incorpora o guia. O que dá instruções, orientações e prevê o futuro dos seguidores. Daremos uma relação de funções relacionadas a mediunidade, a magia negra, a bruxaria, adivinhação e crendices, sem no entanto, entrarmos em detalhes, pois o espaço não permite. Se o leitor quiser fazer uma pesquisa sobre essas funções e crendices fique à vontade, que são: (5) – MANDINGUEIRO(A). (6) – VODU. (7) – PRETO VELHO. (8) – CARTOMANCIA. (9) – DESPACHO. (10) – ENCANTADOR(A). (11) – MÁGICO. (12) – MAGIA NEGRA. (13) – AGOUREIRO(A). (14) – ASTROLOGIA. (15) – ENCANTADOR(A). (16) – PROGNOSTIGADORES. (17) – ADIVINHAÇÃO. (18) – TALISMÃ. (19) – AMULETOS. (20) – PÉ DE COELHO. (21) – DENTES DE ANIMAIS. (22) – FERRADURA. (23) – FIGA. (24) – FITA DO SENHOR DO BOM FIM. (25) – PATUÁ. (26) – SAPO. (27) – SAPO COM A BOCA COSTURADA. (28) – SAPO ENTERRADO. (29) – CARRANCA. (30) – TARÔ. (31) – JOGO DE BÚZIOS. (32) – NUMEROLOGIA. (33) – HORÓSCOPOS. (34) – CABEÇA DE BOI EM PORTEIRA. (35) – CABEÇA DE PORCO ENTERRADA. (36) – GALHO DE ARRUDA. (37) – GATO PRETO. (38) – VASSOURA DE CABO PARA BAIXO ATRÁS DA PORTA. (39) – VARRER A CASA À NOITE EXPULSA A TRANQUILIDADE. (40) – NÚMERO 13. (41) – CHINELO OU SAPATO COM A SOLA VIRADA PARA CIMA. (42) – APONTAR ESTRELA COM O DEDO FAZ NASCER VERRUGA. (43) - MULHER QUE TEM O SEGUNDO DEDO DO PÉ MAIOR QUE O PRIMEIRO E QUE CORTA O CABELO DO MARIDO MANDARÁ NELE. (44) – CORTAR CABELO NA SEXTA-FEIRA SANTA NÃO CRESCE MAIS. (45) – SAL NO FOGO. (46) – PASSAR DEBAIXO DO ARCO-ÍRIS VIRA MULA-SEM-CABEÇA. (47) – BANHO DE SAL GROSSO PARA DESCARREGO. (48) – PASSAR DEBAIXO DA ESCADA TRAZ MÁ SORTE. (49) – HIDROMANCIA. (50) – SORTILÉGIO. (51) – BELOMANCIA. E (52) – INCENSO AROMÁTICO é usado para defumação de descarrego para limpeza de ambiente contra os espíritos maus, o que é praticado também pelo catolicismo e até no meio evangélico o sal grosso.

O POVO DE ISRAEL PRATICAVA A...

1 – NECROMANCIA. A necromancia é literalmente aquela pessoa que entrevista os mortos, Deut. 18:11. 2 – ADIVINHAÇÃO. A adivinhação em hebraico (נׇחַשׁ - nãhash) significa ler sorte, presságio, encantamento, feitiçaria, agouro que está relacionada ao ocultismo (9), (HARRIS, 2008, P. 953-954). Uma outra palavra hebraico que tem sentido semelhante é (קֶסֶם – qesem) que além de adivinhação, feitiçaria, bruxaria significa oráculo. Práticas que são proibidas pelo o Senhor em (Deut. 18:10) (10), (HARRIS, 2008, P. 1355). Oráculo quer dizer resposta de um deus a quem o consultava. Divindade que responde a consultas e orienta os fiéis como o oráculo de Delfos. 3 – ASTROMANCIA. A astromancia está relacionada a adivinhação por meio da astrologia, em particular o horoscopo através da posição dos planetas etc. o que nos diz em (Is. 47:13; II Reis 17:16; 21:3; 23:5; Dn 2:27; At. 19:19). De todas as nações no tempo do Antigo Testamento, só Israel foi ensinado a não praticar, a não seguir, a não temer os que exerciam a astromancia (Is. 44: 25; Jr. 10:2). 4 – HEPATOCOSPIA. É a arte de adivinhar por meio de inspeção do fígado das vítimas (Ez. 21:21). Cada parte do fígado tinha seu significado. O deus a quem ofereciam o animal em sacrifício, revelasse sua vontade pela forma que se daria ao fígado, órgão que consideravam como o centro da vida da vítima. 5 – QUEROMANTIA. É a arte de examinar as marcas da palma das mãos, muito usada pelas ciganas. 6 – RABDOMANCIA. É a tentativa de adivinhação através de varinhas mágicas, o que descreve (Os. 4:12). 7 – SONHOS. Em hebraico é a palavra (חֲלוֹם – hãlom) que pode ser usado em duas categorias: (1) os sonhos comuns em que todos tem enquanto dormem e que podem ser assustadores (Jó 7:14) e são transitórios (Jó 20:8 e Is. 29:7-8) (11). É claro que os autores bíblicos não defenderam teorias de significado psíquico ou religioso desses sonhos. (2) Mas teve os sonhos que Deus quis revelar informações à humanidade. Daí o perigo de os falsos profetas usarem para proveito próprio e mentirem para agradarem os seus monarcas. Mas pode ser dito também que “Refere-se em Is. 65.4 ao costume adivinhar, dormindo junto às sepulturas dos antepassados, os quais consideravam como deificados. Julgavam o que sonhavam como revelação desses mortos” (12), (Orlando Boyer, Pequena Enciclopédia Bíblica, P.22). Daí a importância de se conhecer o que diz Deut. 13:1-4). 8 – TERAFIM. É a imagem de escultura usada para adivinhar (Gen. 31:19; Juiz. 17:5; I Sam. 15:23; 19:13,16; II Reis 23: 24; Ez. 21:21; Zac. 10:2). Jacó mandou os familiares jogarem fora os terafins (Gen. 35:2-4). 9 – FILHOS OFERECIDOS EM SACRIFÍCIO A MOLOQUE. Os judeus ofereciam os filhos em holocausto, senão em massa, pelos menos reis e alguns do povo como relata (II Reis 3:27; Lev. 18:21; 20:3; Deut. 18:10). Essas 9 práticas faziam parte da vida do povo de Israel, chamado de povo de Deus. Práticas essas que Deus abominava e ainda abomina, que é tão comum e real em nossos dias entre o povo.

OS VIVOS SE COMUNICAM COM OS MORTOS?

Sim, para os que creem que essa comunicação acontece naturalmente. Não, para os que creem que a comunicação não existe; todavia alguns teólogos dizem que, Deus neste caso, concedeu uma exceção para estabelecer a sentença de Saul. No entanto, Saul já estava sentenciado por Deus e Samuel antes da morte de Samuel (I Sam. 15:23). Há os que creem que não há comunicação com os mortos, que o caso em estudo foi uma manifestação demoníaca. É o que vamos abordar especificamente daqui para frente.

OS QUE CREEM QUE SIM

Os judeus e os rabinos criam que Deus permitiu o espírito de Samuel vir para falar a Saul, o que os pais da igreja como Justino Mártir, Orígenes e Agostinho entendiam que fora assim. Outros pais da igreja, porém, discordavam dessa interpretação tais como Tertuliano, Jerônimo, os Reformistas Calvino e Lutero que o que aparecera não foi o espírito de Samuel. Criam eles que o que apareceu foi um fantasma ou o Diabo. Mas como entender que o Diabo seria capaz de profetizar o que iria acontecer, pois é essa a pretensão dos necromantes ou médiuns, porque se estava profetizando pretensa verdade, logo a visão tinha sido dada por Deus. É o que os necromantes e médiuns querem confirmar. Em (I Sam. 28:12) diz que Saul não viu o suposto Samuel, não conversou com os deuses que subiram da terra. Foi a médium que viu e conversou com os deuses que apareceram. Para o Pr Antônio Neves de Mesquita apesar de os mortos não voltarem a esta vida (Heb. 9:27), todavia Deus pode ter enviado o espírito de Samuel, “não para provar a necromancia, mas para condená-la [...]; por outro lado, Samuel veio para dar a Saul a sua sentença ditada por Deus mesmo, tendo em vista as suas muitas rebeldias” (13). Guzik levanta quatro possibilidades mais sugeridas para esta questão: 1 – Que alguns acreditam que esta era uma alucinação da médium, o que não faz sentido visto que não explica o porquê a médium ficou tão assustada. Não explica também o porquê Saul viu o espírito de Samuel, o porquê Samuel falou a Saul e não a médium. 2 – Outros acreditam que este era um engano da médium, o que não justifica pelas mesmas razões acima. 3 – Tem aqueles que acreditam que esta era uma personificação demoníaca na forma de Samuel. Que é possível que a médium, com os seus poderes ocultistas, convocou o espírito demoníaco que a enganou tanto quanto a Saul. Suposição também inadequada visto que não fala dos motivos, diz Guzik. E que vantagem teria Satanás com as palavras de Samuel a Saul? 4 – E há aqueles que acreditam que esta era uma aparição genuína, ainda que estranha de Samuel a médium e ao rei Saul. Concluiu Guzik que esta é a melhor explicação do episódio porque tem o apoio da reação da médium, que ela vê mais do que esperava. Que tem o apoio pelo que o espírito de Samuel disse a médium e ao rei, visto que tem o caso em que Moisés e Elias apareceram com Jesus Cristo em sua transfiguração, como vemos em (Mat. 17:3). Ele cita Clarke que pensa da mesma forma (14). Hipótese esta que é deficiente, visto que não há provas de que o rei Saul tenha falado com o suposto espírito de Samuel, mas a médium que falou a Saul, o que o espírito dizia. Para isso ela foi procurada para ser a intermediária entre o espirito e Saul. O espírito falar diretamente ao rei foge do padrão daqueles dias e dos dias atuais. O que fica claro nos diálogos que abordaremos a seguir.

OS DIÁLOGOS

O PRIMEIRO DIÁLOGO: O diálogo se dá, em primeiro plano, com a bruxa a partir do (V. 8-11). No (V.8) o rei Saul diz a médium que invoque o espírito de quem ele indicará. No (V.9) ela lhe diz do perigo de vida que estava correndo ao fazer isso, pois Saul era o exterminador de bruxos (Êx. 22:18). No (V.10) Saul jurou pelo SENHOR que nada de mal lhe aconteceria. Como que um homem aprofundado nas obras das trevas, da maldade querendo tirar a vida do próprio genro, Davi, poderia tomar o nome do Senhor em sua boca e jurar por Ele de forma tão solene? Estava tomando o nome de Deus em vão (Êx. 20:7). Garantiu a ela que nenhum mal lhe aconteceria da parte dele, mas não podia garanti-la do castigo eterno. Que ponto chegou o rei de Israel! De exterminador de bruxos ao se servir dos serviços deles. Quão profunda a sua crise, a queda em sua vida espiritual e seu relacionamento com Deus! Como isso afetou a sua mente! Ele não estava em suas faculdades mentais normais! Por que uma vez Saul rejeitando as verdades sobre Deus, isso contribuiria para que caísse em práticas mais tolas de seus dias. O que está descrito demonstra o quanto o rei Saul era inconstante! A sua loucura e o seu caráter! O quanto era fraco, louco e perverso! A sua extrema loucura o fez imaginar que o espírito de um grande e bondoso homem de Deus seria capaz de profetizar pela boca de uma bruxa a ele! Que ela teria poder de traze-lo dos mortos a vida pelos seus encantamentos! Em meio aos seus pecados, depressão e influência demoníaca, Saul esquecera que Samuel se tornara seu adversário quando ele pecou (I Sam. 13:13-14 e 15:22-29). O rei estava em completa desobediência ao SENHOR e em profunda escuridão espiritual! Tudo indica que foi a última vez que Saul pronunciou o nome do SENHOR.

O SEGUNDO DIÁLOGO: O diálogo se dá, em segundo plano, com a médium, o espírito em forma de deuses que em hebraico é (אְֶﬥׅהׅהים – ‘elõhim) (15) e o rei Saul (V.12-19). Diz que a bruxa ao ver Samuel gritou em alta voz e perguntou para Saul: “Por que me tens enganado?” Ao que o rei lhe pergunta: “que vês?” A médium responde que via deuses subindo da terra. O Rei lhe pergunta: “como é a sua figura?” Ela diz que “Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa”. Entendendo o rei Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e prostrou”. Diálogo que continua até o (V. 22) o que nos interessa no texto. O diálogo entre o suposto espírito de Samuel e Saul foi feito através da médium, sem a evidência de que realmente era Samuel. A descrição que a pitonisa dá de Samuel é muito vaga. Seria incoerente, Deus não falar através de sonhos, nem através de Urim (Luz ou Revelação); Tumim (Perfeição ou verdade), e nem pelos profetas (V.6), mas agora falaria através de um morto e através de uma bruxa, o que o Senhor condenara séculos antes. A causa da morte de Saul conforme (I Cron. 10:13-14) foi por consultar a necromante e não só o abandonar a Deus. Como vemos em (I Sam. 28:14). Por que a médium ficara tão chocada? 1 – Porque a sua atividade era uma fraude. 2 – Porque as suas atividade no reino espiritual eram meros truques. 3 – Porque estava acostumada com a presença de espíritos demoníacos. 4 – A médium é surpreendida porque ela sabia que estava praticando o ofício na presença do mesmo rei que expulsou e mandou matar os médiuns e espíritas de Israel, o que ela só descobriu que era o rei Saul quando os espíritos apareceram. 5 – Porque ela teve medo, e com razão, visto que o rei estava bem ao lado dela.

A FARSA

Algumas razões que demonstram a farsa ou fraude e que o que manifestou não foi o espírito de Samuel, mas espíritos demoníacos. Onde está a farsa? 1ª – A médium deduziu induzida por Saul que o espírito que subia da terra era o de Samuel (V.11). 2ª Farsa: Saul pediu um espírito, apareceram vários espíritos que a cartomante os chamou de deuses. 3ª Farsa: Ela disse o que o rei queria ouvir. 4ª – Vem subindo um ancião envolto em uma capa, o que a médium por certo tinha conhecimento dos hábitos de Samuel e o rei Saul o conhecia muito bem. 5ª – Saul quem entendeu que era Samuel e se inclinou diante do espírito, e não a bruxa. Saul estava com a mente totalmente confusa. 6ª – Se fosse Samuel que tivesse aparecido, ele viria do alto e não debaixo. Quem vem debaixo, vem das trevas. O espírito de Samuel estava em luz. 6ª – Saul já havia sido reprovado por Deus (15:23), daí o silêncio de Deus para com ele (28:6). 7ª – “Não se pode entender que Samuel, um homem santo durante toda a sua vida pudesse, depois de morto, prestar-se a obedecer a pitonisa – mulher abominável -, cometendo um pecado tão claramente proibido por Deus (Ex. 22: 18; Lv. 20:27; Dt. 18:19-22; Is. 47:13)” (16), (Bíblia Apologética, p. 314. 8ª – Não há como entender que Deus proibira a feitiçaria e o consultar os mortos, para depois permitir uma feiticeira trazer o espírito de Samuel para dar uma sentença (Tg 1:17).

OS QUE CREEM QUE FOI UMA MANIFESTAÇÃO DEMONÍACA

Há os que creem que a bruxa ao invocar o espírito de S

amuel, o que apareceu não foi o espírito do mesmo, mas um espírito maligno e que falou em nome de Samuel. Quando a médium disse que via deuses subindo da terra, só podia ser demônios disfarçados por espírito de Samuel ou adivinhadores (II Cor. 11:13-14; Mar. 5:9 e Luc. 8:30). O Diabo tem poder permitido pelo o Senhor para transfigurar-se em anjo de luz (I Sam. 16:23 e II Cor. 11:13-14). A Bíblia é clara em (Luc. 16:19-31 e Heb. 9:27) em afirmar que os mortos não se comunicam com os vivos. Diz Fonseca, 2005, Bíblia Apologética... p. 314 que “De acordo com Deuteronômio 18.20-22, as profecias devem ser julgadas. E essas do falso Samuel não resistem ao exame. São ambíguas, imprecisas e infundadas. Vejamos: Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus (28.19), mas se matou (31.4), indo parar nas mãos dos homens de Jabes Giliades (31.11-13). Não morreram todos os seus filhos – ‘tu e teus filhos estareis’ (v.19) – como insinua a obscura profecia. Pelo menos três ficaram vivos: Is-Bosete (II Sam. 2.8-10), Armoni e Mefibosete (II Sam. 21.8). E apenas três morreram (31.6; 1 Cr 10.2-6). As Escrituras declaram que as palavras de Samuel nunca caíram por terra (3.19)” (17). Diz John Gill que a mulher pitonisa tinha o espirito de adivinho que ela conversou com o Diabo e que Saul não podia obter resposta de Deus, visto que estava mergulhado em seus pecados e não havia arrependido deles e pedido perdão. Que era obra das trevas feita nas trevas da noite e que nada mais era do que arte negra. Que tais pessoas fingem ter poder de trazer o espírito de uma pessoa morta. Que era loucura de Saul achar, pensar que o espírito de um grande homem de Deus e bondoso, estaria na boca de uma bruxa e se deixaria sair de seu repouso dos mortos por encantamentos, aparecendo para um já condenado pelo o Senhor (18).

SURPRESA:

Imagem do Google. Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+pessoa+admirada&newwindow=1&espv=2&biw=1517&bih=654&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwiFuZDJrL3QAhWKFZAKHRVQCG0Q7AkINQ&dpr=0.9#imgrc=_. Acessada em: 22/11/2016

A médium assustou e gritou em alta voz, não pelo o que viu. Diz o (v.13) que ela viu deuses subindo da terra, mas pelo temor diante das consequências que poderia ser morta, pois estava ao lado do rei que procurou exterminar os bruxos. A surpresa da pitonisa, não foi só com o que ela viu, deuses subindo da terra, mas a descoberta que quem pedira para trazer a Samuel era o rei Saul a quem ela temia a morte. Ela pergunta para ele: “Por que me enganaste?” (12). Foi o rei Saul quem entendeu que era o espírito de Samuel, daí se curvou e reverenciou como se fosse Samuel. Se fosse Samuel ele teria aparecido de cima e não subido da terra. Não podemos admitir que uma bruxa tinha o poder dado pelo Diabo para trazer a terra o espírito de alguém que estava no seio de Abraão. Não dá para aceitar que Deus enviaria o espírito de Samuel para dar uma sentença ao rei se ele já estava sentenciado por Samuel enquanto em vida e por Deus. Deus jamais permitiria a vinda de Samuel pelo poder de uma bruxa e através de encantamentos. Nem o verdadeiro Samuel permitiria tal adoração de Saul e homenagem a ele, encurvando-se diante dele. Essa aparição era diabólica em forma de Samuel e imitando-o. A própria Bíblia já prevê espíritos enganadores que apareceriam em várias formas fingindo ser anjos de luz e almas de mortos. Quando o espírito enganador perguntou por que me inquietaste e me fizeste subir? Isto torna claro que esse espírito não era o de Samuel. O espírito de Samuel estava em repouso no seio de Abraão, no estado de felicidade no Céu, não no poder de homens e de demônios para inquietá-lo. Para John Gill quem respondeu a Saul foi um espírito maligno, um espírito de mentira como ficou provado acima. O Diabo queria representar a Samuel através do fingimento (V. 17). Se fosse o espírito verdadeiro de Samuel ele teria falado a Saul de todos os seus pecados cometidos como a matança dos sacerdotes em Nobe (I Sam. 22:11,16 e 18); de sua cruel perseguição a Davi e de maneira especial de seu pecado horrível de pedir conselhos a uma bruxa (V.18) (19), (tradução do Google). Se fosse o verdadeiro espírito do profeta Samuel teria chamado o rei Saul a uma mudança de vida, de conduta mediante o arrependimento dos pecados e a conversão, principalmente para com Davi, mas só falou de sua morte sem nenhuma esperança. O (V.19) é de uma importância tremenda. O espírito enganador disse para o rei Saul que Ele e os filhos estariam, no dia seguinte com Samuel onde ele estava. Uma das duas coisas (1) Ou Saul com todos os seus pecados de abominação ao Senhor, inclusive o suicídio estaria no seio de Abraão, salvo com Samuel, (2) Ou Samuel, o grande homem de Deus, estava no Inferno para onde o rei Saul iria. Percebe a incoerência? Diz que todos os filhos do rei Saul morreria com ele, mas como vimos acima não morreram. O espírito enganador profetizou de maneira generalizada. Um dia Saul com os seus filhos morreriam, como todos nós. MUDANÇAS: Muito se havia mudado entre o encontro de Saul com o Profeta Samuel (I Sam. 9:22-24), em que foi oferecido um banquete por Samuel para o sucesso de Saul, agora o encontro com a pitonisa que oferece-lhe um banquete para a sua derrota e dias depois a sua morte, (V. 24-25).

ARGUMENTOS LÓGICOS E FILOSÓFICOS:

Usaremos o argumento do Dr. Russell P. Shedd, que está na Bíblia Vida Nova, P. 323-326 do Antigo Testamento na íntegra, que são esclarecedores que diz:

“1) Argumento Gramatical (6)... o Senhor... não lhe respondeu. O verbo hebraico é completo e categórico [...] Deus não lhe respondeu; não lhe responde e não lhe responderá nunca. O fata é confirmado pela frase: ‘... Saul... interrogara e consultara uma necromante e não ao Senhor...’ (1 Cr 10:13-14)”.

2) Argumento Exegético (6): Nem por Urim – revelação sacerdotal (ver 14:18); nem por sonhos – revelação pessoal; nem por profetas – revelação inspiracional da parte de Deus. Fosse Samuel o veículo transmissor, seria o próprio Deus respondendo, pois Samuel não podia falar senão pela inspiração. E, não foi o Senhor quem falou, não foi Samuel.

3) Argumento Ontológico: Deus se identifica como Deus dos vivos: de Abraão, de Isaque, de Jacó, etc. (Ex. 3:15; Mt. 22:32). Nenhum deles perdeu a sua personalidade, integridade, ou superego. Seria Samuel o único a poluir-se, indo contra a natureza do seu ser, contra Deus (6) e contra a doutrina que ele mesmo pregara (15:23), quando em vida nunca o fez? Impossível.

4) Argumento Escatológico: O pecado de Samuel tornar-se-ia mais grave ainda, por ter ele estado no ‘seio de Abraão’ e tendo recebido uma revelação superior e um conhecimento mais exato das causas encobertas, e, por não tê-las considerado, nem obedecido às ordens de Deus (Lc. 16:17-31). Mas Samuel nunca desobedeceu a Deus (12:3-4).

5) Argumento Doutrinário: Consultar os ‘espíritos familiares’ é condenado pela Bíblia inteira (ver 28:3). Fossem os espíritos de pessoas, e Deus teria regulamentado a matéria, mas como não são, Deus o proibiu. Aceitando a profecia do pseudo-Samuel, cria-se uma nova doutrina, que é a revelação divina mediante pessoas ímpias e polutas (corrompidas, profanadas). E nesse caso, para serem aceitas as afirmações proféticas, como verdades divinas é necessário que sejam de absoluta precisão; o que não acontece no caso presente (Veja como são precisas as profecias a respeito de Cristo: Zc 9:9 e Jo 12:15; Sl 22:18 e Jo 19:24; Sl 69: 21 e Jo 19:28-29; Ex 12:46; Nm 9:12; Sl 34:20 e Jo 19:36; Zc 12:10; Jo 19:37; etc).

6) Argumento Profético (Dt 18:22): As profecias devem ser julgadas (1 Co 14:29). E essas, do pseudo-Samuel, não resistem ao exame. São ambíguas e imprecisas, justamente como as dos oráculos sibilinos e délficos. Vejamos: a) Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus (28:19: A profecia é de estilo e sugeria que Saul viria a ser supliciado pelos filisteus. Mas o fato é que Saul se suicidou (31:4), e veio parar nas mãos dos homens de Jabes-Giliade (31:11-13). Saul apenas passou pelas mãos dos filisteus. Infelizmente, o pseudo-Samuel não podia prever esse detalhe. (Vajam como são precisos os detalhes acima, a respeito da pessoa de Cristo). b) Não morreram todos os filhos de Saul (‘... tu e teus filhos’, 28:19), como insinua essa outra profecia obscura: Ficaram vivos pelo menos três filhos de Saul: Is-Bosete (2 Sm 2:8-10), Armoni e Mefibosete (2 Sa 21:8). Apenas três morreram, como anotam clara e objetivamente as passagens seguintes: 1 Sm 31:26 e 1 Cr 10:2,6. c) Saul não morreu no dia seguinte (‘... manhã... estareis comigo’, 28:19): Esta é uma profecia do tipo délfico, ambígua. Saul morreu cerca de dezoito dias depois (ver nota de 30:1,10,13,17; 2 Sm 1:3). Citar em sua defesa Gn 30:33 e Êx. 13:14 e afirmar que a palavra hebraica mahar, ‘amanhã’ aqui, é de sentido indefinido, é torcer o hebraico e a sua exegese, pois todos vão morrer, mesmo, em ‘algum dia’ no futuro: isto não é novidade. d) Saul não foi para o mesmo lugar de Samuel (‘... estareis comigo’, 28:19). Outra profecia délfica. Interpretar o ‘comigo’ por simples ‘além’ (Sheol), é tergiversar. Samuel estava no ‘seio de Abraão’, sentia isso e sabia da diferença que existia entre um salvo e um perdido. Jesus também o sabia, e não disse ao ladrão na cruz: ‘... hoje estarás comigo no ‘além’ (sheol), mas sim, no ‘paraíso’. Logo, Samuel não podia ter dito a Saul, que este estaria no mesmo lugar que ele: no ‘seio de Abraão’. Se Samuel tivesse desobedecido a Deus (28:19, passaria para o inferno, para estar com Saul? Ou então, Saul, ainda que transgredindo à palavra de Deus e consultando à necromante (1 Cr 10:13), passou para o paraíso, para estar com Samuel? Inacreditável.

Solução: - Quem respondeu a Saul? Sugerimos a seguinte possível explicação. A Bíblia fala de certos ‘espíritos’, sua natureza e seu poder (Êx. 7:11,22; 8:7; At. 16:16-18; 2 Co. 11:14-15; Ef. 6:12). São os anjos maus. Do mesmo modo fala de anjos que acampam ao nosso redor e nos guardam (Sl 34:7; Mt. 18:10; Lc. 15:10 etc.). São os anjos bons. São dois, os ‘secretários’ (senão mais) que nos acompanham durante a vida toda; um bom e outro mau. Anotam tudo e sabem tudo a nosso respeito. Depois da morte, o anjo bom leva o nosso relatório-livro, diante de Deus, pelo qual seremos julgados (Ap 20:12). Por sua vez, o anjo mau assume a nossa identidade e representa-nos no mundo, através dos médiuns, onde revela o nosso relatório com acerto e ‘autoridade’. É por isso que Paulo fala da luta que temos contra ‘as forças espirituais do mal’ (Ef. 6:12). E é pela mesma razão que Deus proíbe consulta aos ‘mortos’ (Is. 8:19-20), porque estes são falsos (Dt 18:10-14). Caso fossem espíritos humanos, provavelmente, Deus não proibiria a sua consulta, apenas regularia o assunto para evitar abusos. Deus, porém, proíbe o que é dissimulação e falsidade” (20).

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Como ficou claro no exposto acima, tudo não passa de uma tremenda enganação! Samuel como homem de Deus que era, ao morrer estava com o Senhor; de maneira que se foi ele quem apareceu, viria de cima e não de baixo. O que se levanta de baixo da terra são os espíritos das trevas. Concluímos, pois que, as manifestações espiritas em que os espíritos que se incorporam como sendo de mortos e parentes, são na verdade espíritos demoníacos. Se assim não fosse Deus não proibiria, pois é uma forma de se enganar os indoutos. Se assim não fosse, o Apóstolo Paulo não escreveria em (Ef. 6:11-12), que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais. Não advertiria a igreja em Corinto (2 Cor. 11:13-14). Conforme (1 Sam. 16:23) Saul já ficava possesso de espírito mal muito antes desta consulta a médium. Logo, quem falou a ele é o espírito demoníaco e não o de Samuel.

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o SENHOR teu Deus", (Deut. 18:10-13,

CITAÇÕES

(1) – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 P. P.254.

(2) – GUZIK, David. Comentário de I Samuel Capítulo 28:3-22. E-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge, Tradução do Google.

(3) – JÚNIOR, Almir dos Santos Gonçalves. Dicionário Bíblico Crescer. 2ª Ed. Ed. Geográfica, Rio de Janeiro, 1961, 298 p, p. 94.

(4) – Autor: D'AGOSTINI, Marcus Vinicius Ferreira. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/pitonisa/. Acessado em: 10/11/2016.

(5) – CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. Vol. V. 9ª Ed. Ed. Hagnos, 2008, São Paulo, 750 P, P. 286-287.

(6) – MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 P. P. 287 e 289.

(7) - HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 P. P.953-954.

(8) – Idem, p. 1354-1355.

(9) – Idem, p. 953-954.

(10) – Idem, P. 1355.

(11) – Idem, p. 473

(12) – BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p. p. 22.

(13) – MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo nos Livros de Samuel. 2ª Ed. Rio de Janeiro. Ed. JUERP, 1979, 196 p. 103.

(14) – GUZIK, David. Comentário de I Samuel 28:3-22. E-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge, Tradução do Google.

(15) – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. Ed. Vida Nova, São Paulo, 2008, 1789 p, p. p. 68.

(16) – FONSECA, Antônio e demais editores. Bíblias Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí, Ed. Instituto Cristão de Pesquisas, 2005, 1657 p. p. 314.

(17) – Idem, P. 314.

(18) – GILL, John. Comentário de I Samuel Capítulo 28:3-22. E-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge, Tradução do Google.

(19) – Idem.

(20) – SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Edição Revista e Atualizada no Brasil. Ed. S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p. 323-326.

BIBLIOGRAFIA

1 – BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Flórida USA, 665 p.

2 - CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. V. Ed. Hagnos, 9ª Edição, 2008, São Paulo, 1039 P, P. 136.

3 – D'AGOSTINI, Marcus Vinicius Ferreira. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/pitonisa/. Acessado em: 10/11/2016.

4 – FONSECA, Antônio e demais editores. Bíblias Apologética de Estudos. 2ª Ed. Jundiaí, Ed. Instituto Cristão de Pesquisas, 2005, 1657 p.

4 - GUZIK, David. Comentário de Êxodo 2:1-10. E-Sword-the Sword of the LORD withan electronic edge, Tradução do Google.

5 – HARRIS, R. Laird; Gleason L. Archer Junior e Bruce K. Waltke. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradução de Márcio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão e Carlos Osvaldo C. Pinto. 2008, Ed. Vida Nova, São Paulo, 1789 p.

6 – JÚNIOR, Almir dos Santos Gonçalves. Dicionário Bíblico Crescer. 2ª Ed. Ed. Geográfica, Rio de Janeiro, 1961, 298 p.

7 – JUNIOR, Luder Whitlock. Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri. Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, 1728 p.

8 – MESQUITA, Antônio Neves de. Estudo nos Livros de Samuel. 2ª Ed. Rio de Janeiro. Ed. JUERP, 1979, 196 P.

9 – MOULTON, Harold K. Léxico Grego Analítico. Trad. Everton Aleva de Oliveira e Davi Miguel Manço. Ed. Cultura Cristã, 2007, São Paulo, 460 p.

10 – SHEDD, Russell Philip. Bíblia Vida Nova. Edição Revista e Atualizada no Brasil. Ed. S. R. Edições Vida Nova, 2ª Ed. São Paulo, 1978, A T 929 p.

2016-08-13

O MAIOR DE TODOS OS DONS


O MAIOR DE TODOS OS DONS Pastor Flávio da Cunha Guimarães

O que é dom? Qual o dom perfeito? Sendo o dom dado pelo o Senhor, ao homem, sendo esse homem imperfeito, como exercer o dom de maneira perfeita?

Dom é um presente, uma dádiva, um donativo, um privilégio adquirido de um modo sobrenatural, proveniente de Deus, (Orlando Boyer, 1978, p. 209).

A palavra hebraica (מָחחַן - mãttan) e palavras derivadas como (Nisseth, Maseth, Shochad e Minchah) significam coisas oferecidas gratuitamente, um presente; bem como a palavra grega δóσις (dósis) significa “dar”, “doar” e tantas outras como χάρις (charis) que significa “graça”, “dom gratuito” bem como (χαρισμα – charisma) Dom, uma graça, um favor, um presente, um dom da graça de Deus; um presente oferecido de boa vontade, dom da graça de Deus que traz a salvação aos homens, (Rom. 5:15-16).

O dom como capacitação especial para o melhor desempenho na obra do Senhor e para ser bênção na vida de outrem, o Senhor dá o dom que Ele quer, a quem Ele quer, quando Ele quer e como Ele quer, para a finalidade que Ele quer (Rom. 12:11; Ef. 4:7; Heb. 2:4). O dom tem origem em Deus (Tia. 1:17). É dado pelo Espírito Santo como presente de Deus, (At. 2:38). Ele dá para o bem da causa e das pessoas a quem vamos servir, (Ec. 2:26ª; Dan. 2:21 e I Cor. 7:7). Jesus Cristo é o Dom Supremo do Senhor, (II Cor. 9:15).

Para alguns grupos, o dom perfeito é o falar em línguas, pois, para eles, caracteriza como evidência do batismo com o Espírito Santo, o que é duvidoso, visto que há grupos não cristãos que não receberam o Espírito Santo, mas falam em línguas, como os muçulmanos, Umbanda, Candomblé e etc. Nenhum dom tem valor, é útil, é frutífero se não for adornado, se não for recheado pelo amor. Dom sem amor não é dom, é talento que leva a exibição, ao orgulho, o quer aparecer, a quer o reconhecimento e as glórias humanas.

Afirmamos que quem não ama de verdade não recebe os dons do Espírito Santo, porque o amor é fruto do mesmo Espírito que dá os dons, (Gal. 5:22). O mesmo Espírito Santo que capacita a amar, é o que capacita com o dom para abençoar o rebanho e as pessoas a quem o Senhor coloca em nossas vidas para que sejamos canais de bênçãos de Deus para elas. Se não ama é porque não tem o Espírito Santo; se não tem o Espírito Santo, não tem os dons, capacitação especial dada pelo o Senhor para ser bênção nas vidas do rebanho do Senhor, para o Reino de Deus e não tem o fruto também.

O amar é o cumprimento tanto do mandamento do Senhor Jesus Cristo, (Mat. 5:44-45; João. 15:12,17 e Rom. 12:10), mas ao mesmo tempo o amar é dom dado pelo Espírito Santo; portanto se formam um elo. Assim sendo, o amar tem que estar acima de qualquer dom, (I Cor. 12:31-14:1). O dom perfeito será aquele dado por livre e espontânea vontade soberana do Senhor a aqueles que já receberam o Espírito Santo (Ef. 1:13), que amam de verdade para o bem da causa do Senhor. O amor é o perfeito dom que faz todos os dons serem perfeitos, principalmente o de profetizar como o dom preferido do Apóstolo Paulo, que é a pregação da Palavra do Senhor, (I Coríntios 14:3-5,24,31 e 39), amém!

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie"

Bibliografia.

1 – ALMEIDA, João Ferreira de. A Bíblia Sagrada – Versão Revisada da Tradução de Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego. 3ª Impressão. Imprensa Bíblica Brasileira, JUERP, Rio de Janeiro, 1991, AT 782 p e NT 245 p.

2 - BOYER, Orlando S. Pequena Enciclopédia Bíblica. 7ª Ed. Editora Vida, Miami Florida USA, 1978, 672 p. p. 209.

3 – BROWN, Colin. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. 1ª Ed. Ed. Sociedade Bíblica Edições Vida Nova, São Paulo, 1982, Vol. II, 560 p.

4 – CHAMPLIM, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. 9ª Ed. Ed. Hagnos, São Paulo, Vol. 2, 2008, 995p. p. 211-212.

5 – RIENECKER, Fritz e Cleon Rogers. Chave Linguistica do Novo Testamento Grego. Trad. De Gordon Chown e Júlio Paulo T. Zabatiero. 1ª Ed. Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 1985, 639 p.